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Sem a presença do governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin, os demais candidatos ao governo de São Paulo participaram na noite deste sábado (23) do primeiro debate das eleições 2014 e focaram em poucos temas para o confronto de ideias. Segurança e transporte foram os assuntos mais levantados. Corrupção e crise hídrica, também lembrados, não tiveram o mesmo destaque.

Logo na apresentação, o candidato do PMDB, Paulo Skaf, atualmente segundo colocado nas pesquisas atrás de Alckmin, levantou a bandeira da segurança de forma incisiva ao destacar que durante as duas horas de debate "quatro mulheres seriam estupradas e cinco pessoas seriam assassinadas e 750 assaltadas".

Nas oportunidades seguintes, Skaf reforçou sua postura linha dura, insistiu no tema segurança, e disse que se for eleito vai cuidar de perto da polícia. "Ouço falar que as polícias não se entendem. Cabe ao governador fazer com que haja um enquadramento (das polícias) em beneficio da população", disse. "Estarei muito próximo a minha polícia. Estarei próximo para cobrar e apoiar a polícia e estimular para que a segurança pública seja resgatada" disse.

Skaf foi inclusive escolhido para comentar uma pergunta de um jornalista do grupo Bandeirantes feita a Alexandre Padilha (PT) sobre a redução da maioridade penal e disse ser favorável a medida. "Sou a favor da redução da maioridade penal sim", disse Skaf. Segundo ele, se um jovem de 17 e 16 anos tem direito de escolher seus governantes, de votar ele também deve responder criminalmente pelos seus atos. "Quem tem direito tem deveres também", disse.

O candidato do PT se disse contrário a medida e disse que atualmente 98% dos crimes são cometidos por maiores de idade. "Com a redução os donos do crime vão aliciar jovens de 14, 12 anos como acontece em todo mundo", disse. "Eu quero ser governador para cuidar da juventude. Onde o PSDB só levou presídio vou levar escola técnica", disse.

Padilha, terceiro colocado nas pesquisas com 5% das intenções de voto, tentou colar sua imagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. De gravata vermelha, Padilha fez diversas referências a Alckmin e evitou polarizar com Skaf. Em um momento em que poderia escolher a quem perguntar escolheu o candidato Walter Ciglioni (PRTB). No final do debate, justificou a escolha como "respeito aos adversários".

Laércio Benko, do PHS, aproveitou o crescimento da candidata à Presidência Marina Silva (PSB) nas pesquisas e por diversas vezes declarou apoiar a ex-ministra. "Não adianta mudar, temos que renovar", disse.

Benko foi um dos que fez as críticas mais duras em relação à crise hídrica de São Paulo, tema que não foi muito explorado pelos candidatos. Ele criticou a distribuição de dividendos da Sabesp para acionistas e disse que se eleito "vai acabar com a distribuição de lucros" até que os problemas sejam solucionados. "A Sabesp distribuiu R$ 4,3 bilhões de lucro na bolsa de Nova York para acionistas da Sabesp, daria para ter construído dois sistemas Cantareira."

Promovido pelo grupo Bandeirantes, também participaram do debate os candidatos Gilberto Maringoni (Psol), Gilberto Natalini (PV).

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