• Carregando...
Fruet (à esq.) e Greca, em sabatina na Gazeta do Povo | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Fruet (à esq.) e Greca, em sabatina na Gazeta do Povo| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A disputa judicial entre os dois principais candidatos na disputa pela prefeitura de Curitiba ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (23). Desta vez, o candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT), é que conseguiu uma vitória, com a Justiça Eleitoral proibindo a distribuição de material de campanha de Rafael Greca (PMN).

O juiz Jederson Suzin também determinou a apreensão do material e multa de R$ 80 mil em caso de descumprimento da decisão. O material acusava Fruet de “usar o dinheiro público” para prejudicar Greca no caso das obras que sumiram da Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

Caixa Zero: obras na chácara de Greca são as mesmas que sumiram da prefeitura?

Leia a matéria completa

Na quinta-feira (22), a Justiça havia determinado a apreensão de material de campanha de Fruet que acusava Greca de ter roubado as obras da Casa Klemtz, no Fazendinha. O material de Greca acusava o prefeito de usar a Guarda Municipal para investigar o caso de forma irregular. Na quarta-feira (21), dois guardas foram detidos pela Polícia Civil por supostamente estarem monitorando a chácara de Greca, em Piraquara.

“Ora, a despeito do fato ter ocorrido - imputação à Greca de indevida apropriação e que seriam guardas municipais de Curitiba as pessoas abordadas pela polícia e que, segundo narrativa dos responsáveis pela detenção, estariam fazendo a investigação por ordem dos seus superiores - inexiste até então qualquer prova no sentido de que seria Fruet o responsável por dita ordem e muito menos que teria ele usado do dinheiro público para prejudicar Greca”, esclarece o juiz na decisão.

Para o juiz, o candidato do PMN cometeu a mesma irregularidade de Fruet, que resultou na apreensão de material de campanha do prefeito. “Aqui, e a semelhança do verificado no processo antes citado, passou a propaganda a deter características que, ultrapassando o escopo informativo, beira a agressão caluniosa tendendo ainda, pela inverdade, criar estado emocional no eleitor no sentido de que se estaria usando da “(...) velha política do golpe sujo e da rasteira”, a despeito, repito, de inexistir prova alguma vinculando o candidato Fruet ao indevido uso de dinheiro público”, completa Suzin.

Outro lado

A assessoria de imprensa de Greca foi procurada para comentar o assunto, mas disse que não irá se pronunciar.

Entenda o caso

O caso das obras da Fundação Cultural veio à tona na quarta-feira depois de uma matéria do jornal Folha de S. Paulo informar que obras parecidas com as que sumiram da Casa Klemtz foram vistas em fotos divulgadas pelo próprio Rafael Greca em sua chácara, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Em nota, Greca informou que desconhece o sumiço das obras e disse que o mobiliário da chácara pertence ao acervo de sua família.

A prefeitura de Curitiba, por sua vez, afirmou que vai abrir uma sindicância para apurar o assunto. Na tarde de quarta-feira, dois guardas municipais foram detidos monitorando a chácara de Greca, em Piraquara.

A campanha do prefeito admitiu que os guardas municipais detidos faziam parte da coligação do candidato à reeleição. Um dos carros utilizados por eles também está locado em nome da campanha. Em nota, a equipe de Fruet afirmou que os agentes são voluntários da coligação e que agiram sem o conhecimento da coordenação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]