• Carregando...
 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O Uber vai ser uma discussão fundamental para a eleição em Curitiba e em várias outras cidades. Em primeiro lugar, porque a questão da mobilidade já está em pauta mesmo. Em segundo, porque os taxistas, uma categoria de peso, estão furiosos com a nova concorrência (que chamam de desleal). E por último porque mostra qual postura os candidatos têm em relação a tecnologia e a reservas de mercado.

Nesta segunda-feira (22), na estreia do programa Margem de Erro, a Gazeta do Povo promoveu um debate sobre o tema com o advogado Rodrigo Pironti e o diretor da iCities, André Telles. Do ponto de vista dos dois, o Uber já não está na legalidade e falta apenas a regulamentação municipal.

Segundo Pironti, a política nacional de mobilidade já prevê o transporte privado de passageiros individuais, embora isso ainda não fosse praticado. Ele diz que os taxistas continuarão a fazer o transporte público, que passa por licitação e depende da prefeitura. Os motoristas que trabalham por aplicativo não passam por esse tipo de seleção.

O advogado, no entanto, explicou que desde já o Uber não é ilegal. “O que está demorando é a regulamentação do município”, afirmou.

Sobre a possível precarização do serviço, André Telles afirmou que a chance é baixa, já que o usuário dá nota para os motoristas, e quem tem nota baixa é eliminada do serviço. “É uma seleção natural”, diz.

No entanto, a regulação está demorando. O projeto assinado por 17 vereadores (dois a menos do que o necessário para aprovar a proposta) seguiu no início de julho para que a Urbs se pronunciasse sobre o tema. Isso faz 50 dias e até agora nada de a Urbs falar sobre o tema.

Perto das eleições, parece que o prefeito Gustavo Fruet (PDT) quer manter o assunto em banho-maria, sem se comprometer com a nova tecnologia e sem irritar os taxistas. Portanto, qualquer novidade parece que vai ficar mesmo para 2017. E, por isso, vai ficar nas mãos do novo prefeito.

No programa, os candidatos também foram chamados a se pronunciar. A mais incisiva foi Xênia Melo, do PSol, que defendeu a regulamentação para acabar com o que ela chamou de “máfia” dos táxis. Vários outros candidatos defenderam a regulação, mas nesse caso fazendo um apelo para que os taxistas não sejam deixados de lado.

O margem de Erro será apresentado diariamente no site e no Facebook da Gazeta do Povo. Nesta terça, o tema será a origem dos candidatos em Curitiba, muitos deles filhos de ex-prefeitos e parentes de políticos. A professora Luciana Panke, pós-doutora em Comunicação e Política, também vai avaliar o primeiro debate dos candidatos que será exibido nesta segunda-feira, na Band. O programa vai ao ar às 10h.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]