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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Em Curitiba, como em outras capitais e cidades do interior, diversos candidatos a vereador tiveram zero, um, dois, três ou quatro votos. Ao todo, sete mulheres de quatro partidos não tiveram um sim sequer.

Roseli Costa (SD), Cleria Justino (PTdoB) e Lysiane Cruz (PRTB) não votaram em si mesmas. Outras quatro zeradas até apareceram nas urnas, mas suas candidaturas já estavam indeferidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e os votos, mesmo se viessem, não seriam computados.

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O PRP, líder no quesito, teve três candidatas zeradas. PRTB, duas. SD e PTdoB tiveram uma candidata inexpressiva cada.

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Outros 33 candidatos até foram lembrados, mas os dados computam como zero junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) justamente porque as campanhas haviam sido indeferidas.

Entre os não-eleitos com ao menos um voto, os dados também englobam basicamente o sexo feminino: são mulheres todas as candidatas que obtiveram de 1 a 7 votos (15, no total). Esse número é explicado pela regra eleitoral que diz que ao menos 30% das vagas de um partido devem ser destinadas a um sexo. As siglas usam essa regra para inchar as candidaturas. As três mulheres que não tiveram voto também se enquadram nessa categoria.

Os dois primeiros homens aparecem com 8 votos e somente um deles participou efetivamente da eleição. Sergio Madrid (PTB) foi o candidato de fato menos votado das eleições 2016.

Pouquíssimos votos

Quatro candidatas tiveram apenas um voto em Curitiba: Viviane de Oliveira (PRTB), Marlene Ribeiro (PSC), Suelen de Assis (SD) e Odete Silva (PTdoB). O voto da primeira sequer foi computado porque sua candidatura também já havia sido indeferida pelo TRE.

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A que mais recebeu dinheiro para campanha entre elas foi Odete Silva: R$ 500, oriundos do fundo partidário da comissão provisória municipal do PSDB de Curitiba, que se coligou ao PTdoB nessas eleições. Já Marlene Ribeiro recebeu R$ 175 da campanha de Ney Leprevost (PSD) e Suelen de Assis míseros R$ 134 da comissão estadual do SD.

A manobra também é determinação da Lei Eleitoral: todos os partidos políticos devem reservar de 5% a 15% do montante do Fundo Partidário para financiar as campanhas de suas candidatas.

Quatro mulheres tiveram apenas dois votos: Mariana Alves (PTdoB), Marilda Moraes (PHS), que investiu R$ 225 do próprio bolso na campanha, Zenilda de Oliveira (PRTB) e Franciele Batista (PRTB), de apenas 24 anos.

Deonilda Alves (PRTB), Cristina Cavalheiro (PSC), Scheila Cordeiro dos Reis (SD) e Eliane Negrette (PSC) conquistaram três votos. As duas primeiras candidaturas também já estavam indeferidas. A última, no Facebook, fez campanha para eleger o candidato Marcos Bueno (PSC), mesmo na semana anterior à eleição.

Analise Alves (SD), Marcinha (PEN), Vania Fernandes (PTC), Sinair da Silva (PRTB) e Rosenilda Zancanaro (PRTB) obtiveram quatro votos cada. Cida Carlota (PSDC), cinco; Elizeth Pereira Menezes (PTB) e Marcia Valeria (PRP), seis; e Emilia (PPS), com sete, vêm na sequência.

Os homens aparecem na apuração do TSE com Luciano Araújo (PEN) e Sergio Madrid (PTB). Nas redes sociais, Araújo dizia ser candidato pela primeira vez, aos 60 anos, e que “política não é profissão”.

Já Madrid é o primeiro da lista dos “menos-votados” que teve uma campanha relativamente similar aos demais candidatos, com aporte de R$ 675,40 da campanha de Gustavo Fruet (PDT), investimentos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em materiais impressos e número e pedidos nas redes sociais.

As eleições desse ano compreenderam 1.085 candidatos para 38 cadeiras. Com a eleição proporcional, até mesmo quem obteve muitos votos não se elegeu: 35 candidatos derrotados fizeram tantos votos quanto alguns eleitos.

Muitos votos, todos “para fora”

Segundo os dados do TSE, 4.326 pessoas votaram em pessoas com candidatura indeferida em Curitiba. Se todos os votos tivessem ido para apenas um candidato, ele seria o 41° mais votado da capital, logo atrás da Professora Josete (PT), que fez 4.432 votos.

Tenente Amauri (PRTB) concentrou 1.309 desses votos, o que o colocaria na posição 155° da lista, ao lado de Michel Akel (PSDB).

Kafubira (PRP), com 380 votos, Márcio Alves (PTN), com 375 votos, e Mulher da Fruta (PSB), com 303 votos, também alcançaram votação expressiva dentro desse quadro.

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