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Agripino Maia: um dos donos da política no RN. | Geraldo Magela/Ag. Senado
Agripino Maia: um dos donos da política no RN.| Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) foi eleito ontem por aclamação como novo presidente do DEM e reafirmou o papel do partido como oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). E, num recado ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que pretende deixar o DEM para fundar o Partido da Democracia Brasileira (PDB), Agripino disse que "ninguém se abriga por oportunismo numa legenda de oposição" – por isso é necessário ter convicções oposicionistas para integrar o partido.

Nos bastidores, especula-se que o PDB seja uma mera ponte de Kassab e seu grupo para migrar ao PSB – legenda da base de Dilma. Como a mudança de partido implica perda de mandato, Kassab precisaria fundar uma nova legenda, que depois se fundiria ou seria incorporada pelo PSB. A migração não é punida com perda de mandato quando ele ocorre para um partido recém-criado.

Durante a solenidade de troca de comando no DEM, as alusões a Kassab foram sempre veladas. "O que eu defendo, eleito por vocês presidente do partido, é que nós coloquemos o sentimento partidário e as ideias do partido acima de interesses pessoais", disse Agripino Maia – noutra indireta ao prefeito paulistano.

Num afago à senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que ameaça deixar o DEM junto com o grupo de Kassab, Agripino defendeu a preservação do meio ambiente aliada ao desenvolvimento. Agripino disse ainda que aceitou a "missão" de comandar o DEM depois que as duas alas divergentes da sigla fizeram sucessivos apelos para que ficasse no controle do partido num mandato-tampão até setembro – quando o DEM elege um novo presidente.

"Se um e o outro me convida para exercer a missão, o que está por trás disso: o desejo claro da unidade. Se escolheram um conciliador, é porque as duas facções querem a unidade. Jamais poderia me negar a essa tarefa", afirmou Agripino.

Vários discursos durante a reunião da Executiva Nacional lembraram o mensalão do DEM, no ano passado, que deu início à crise interna no partido. Agripino afirmou que a sigla foi a "única capaz de rasgar na própria carne" para expulsar o seu então único governador, José Roberto Arruda (DEM) – protagonista das denúncias de corrupção no Distrito Federal. "Essa é uma manifestação de padrão ético democrático do nosso partido", afirmou.

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