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Conheça os municípios paranaenses que tiveram eleições complementares |
Conheça os municípios paranaenses que tiveram eleições complementares| Foto:

Ponta Grossa e Maringá - Eleitores de dois municípios paranaenses – Kaloré (Centro-Norte) e Bituruna (Centro-Sul) – voltam às urnas neste domingo para escolher um novo prefeito. No total, 128 cidades brasileiras tiveram de refazer a eleição desde 2008, quando ocorreu o último pleito municipal. O motivo é quase sempre o mesmo: o político que tomou posse teve o mandado cassado, por improbidade administrativa ou por fraudes durante a campanha.Minas Gerais é o estado com mais eleição refeita: 22 dos 853 municípios mineiros tiveram de voltar às urnas desde 2008. No Paraná, outras sete cidades já repetiram a votação municipal, além de Bituruna e Kaloré. São elas: Ângulo, Doutor Ulysses, Enéas Marques, Cândido de Abreu, Londrina, Tuneiras do Oeste e Itaperuçu.

Levantamento da Confe­­deração Nacional dos Municípios (CNM) mostra que, em 84 das 128 cidades (66%) que tiveram que repetir a eleição, o prefeito foi cassado. Desses, 36,9% perderam o mandato por infringir a legislação eleitoral. Outros 38,1% deixaram o cargo condenados por improbidade administrativa.

Em apenas 19 municípios brasileiros, a nova eleição foi necessária porque o prefeito morreu – 4 foram assassinados. A renúncia para concorrer a outros cargos afastou 13 prefeitos e outros dois afastaram-se por problemas de saúde.

O preço da democracia

Para o cientista político Fábio Anibal Góiris, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o grande número de eleições complementares resultante de processos de cassação de prefeitos mostra um avanço democrático. Na eleição anterior (no período entre 2004 e 2008), somente 30 cidades brasileiras voltaram às urnas para eleger um novo prefeito – um quarto do número atual. "É o preço que temos que pagar para melhorar nossa democracia. As novas eleições geram custos ao erário, mas isso não deve ser levado em conta. Pior seria deixar um corrupto governar", analisa.

Para exemplificar seu ponto de vista, Góiris lembra da aprovação da Lei da Ficha Limpa e da Lei de Responsabilidade Fiscal. "Esses dispositivos vieram para melhorar a gestão do país e para impedir que políticos que não têm controle sobre as contas continuem governando. Infelizmente, alguns acabam voltando algum tempo depois, mas isso pode ser melhorado também, com leis mais severas."

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