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Eleitores de dois municípios paranaenses –Kaloré (Centro Norte) e Bituruna (Centro Sul) – voltam às urnas neste domingo (3) para escolher os novos prefeitos. O município de Kaloré, a 70 quilômetros de Maringá, vai trocar de prefeito pela quinta vez em um ano. A disputa entre o ex-presidente da Câmara André Pereira (PT) e o candidato derrotado nas últimas eleições, Edmilson Stencil (PDT), é apenas mais um capítulo de uma extensa novela que começou após a corrida eleitoral de 2004. O prefeito eleito naquele ano, Eleomil Fuzetti (na época filiado ao PL), foi afastado do cargo pelo TRE, acusado de ter usado dinheiro público na realização de um rodeio às vésperas da eleição.

Quem assumiu o cargo foi o segundo colocado naquele pleito, Adinan Canelo (PMDB), que em 2008 venceu as eleições. No entanto, ele e o vice Mauro Lebegaline (PT) foram cassados em 2010, acusados de irregularidades na contratação de funcionários.

No lugar de Canelo, assumiu o candidato derrotado em 2008, Edmilson Stencil, que ficou no cargo por dez dias. Com uma liminar, Adinan Canelo voltou ao comando da prefeitura, até perder o cargo definitivamente, em dezembro de 2010, por decisão da Justiça Eleitoral. Depois disso, quem assumiu o Executivo foi o atual candidato André Pereira, que presidiu o Legislativo no ano passado. Hoje, a prefeitura vem sendo conduzida interinamente pelo atual presidente da Câmara, Osni Aparecido da Silva (PT).

As novas eleições deveriam ter ocorrido em 1.º de maio deste ano, mas o diretório municipal do PT entrou com um mandado de segurança contra a resolução do TRE-PR que fixou eleição direta, por meio dos votos dos eleitores. O partido alegava que a convocação de eleição direta contraria o artigo 81 da Constituição Federal e o artigo 45 da Lei Orgânica de Kaloré. Segundo o diretório, seria obrigatória a eleição indireta, com a escolha do novo prefeito pela Câmara de Vereadores, sempre que o pleito for realizado no segundo biênio do mandato.O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marco Aurélio chegou a suspender o pleito até o julgamento do mérito do mandado, que ocorreu no dia 16 de junho. A liminar foi revogada e a eleição marcada para este domingo. Kaloré conta com cerca de 3,6 mil eleitores.

Bituruna

Em Bituruna, 12 mil eleitores devem comparecer novamente às urnas para escolher seu novo prefeito, numa eleição que vai custar R$ 49,8 mil aos cofres públicos. Isso porque o prefeito Remi Ranssolin (PTB) e seu vice Carlos Roberto de Oliveira Silveira, tiveram seus diplomas cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em 17 de março deste ano.

Além disso, as contas prestadas pelo prefeito em 2008, correspondentes ao período de 2000 a 2004, receberam parecer irregular do Tribunal de Contas do Paraná (TCE) e a Câmara de Vereadores acatou a avaliação, cassando seu mandato. Desde então, o presidente da Câmara de Vereadores de Bituruna, Eduardo Conrado (PP), está no comando da cidade.

Agora, o vice de Ranssolin, conhecido com Robertinho (PPS), disputa novamente a eleição contra Rodrigo Rossoni (PSDB) e Vilmar Isoton (PMDB). No entanto, pela movimentação nos comitês e pela propaganda distribuída na cidade, a eleição parece estar polarizada entre Robertinho e Rodrigo.

O curioso é que os dois candidatos são parentes. Robertinho é casado com a irmã de Valdir Rossoni, presidente da Asssembleia Legislativa do Paraná, e é tio de Rodrigo, seu principal adversário nas urnas neste domingo. Todos faziam parte de um mesmo grupo político até as convenções que definiram os nomes que concorreriam nesta eleição.

Segundo Robertinho, isso aconteceu porque o presidente da Assembleia impôs a candidatura do filho. Já Rodrigo explica que não imaginava ser candidato, mas que o fez porque muitas lideranças da cidade, incluindo todos os ex-prefeitos, com exceção de Ranssolin, pediram para que ele se candidatasse.

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