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O Conselho de Administração do ICI teve rotatividade baixa em 17 anos. É comum que os conselheiros troquem de cadeiras, e assim fiquem no conselho por longos períodos. Dos seis membros não indicados pela prefeitura, quatro estão no conselho há mais de dez anos – incluindo Luiz Alberto Matzenbacher, que preside o conselho desde 2004.

Pivô da disputa eleitoral entre prefeitura e ICI, Mário Shirakawa está no conselho desde sua fundação. Ele foi conselheiro nato, representando a Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu) nos primeiros anos do instituto, e os associados do ICI, entre 2004 e 2011. Além disso, ele exerceu mandato como representante da comunidade de informática, dos empresários de informática e do meio acadêmico – todos os três cargos eletivos existentes.

Já Matzenbacher foi indicado pela Sucesu durante dez anos e, depois, foi eleito representante dos empresários. Ele está no conselho desde 2002. Salomão Vieira Pamplona representou apenas os empresários: primeiro, como representante eleito, e, depois, indicado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet no Paraná (Assespro).

Por fim, Luciano Scandelari representou o meio acadêmico por oito anos e foi indicado pelos associados do ICI em 2011. Em alguns períodos, alguns desses conselheiros citados ficaram afastados do conselho entre uma eleição ou indicação e outra. Esses períodos, porém, não passam de alguns meses.

Para Paulo Miranda, secretário de Informação e Tecnologia da prefeitura, há um conflito de interesses quando as mesmas pessoas representam interesses distintos dentro do ICI. “Uma hora o cara está eleito, outro não. Uma hora ele representa o interesse privado, em outra representa o interesse da sociedade. É meio nebulso”, afirma. No seu entendimento, deveria haver maior participação dos entes interessados, e não só de suas diretorias, no processo de indicação dos representantes da sociedade.

Já o presidente do ICI, Luís Mário Luchetta, considera que o formato do conselho evita o aparelhamento da instituição pela prefeitura. “O ICI tem participação da sociedade, é suprapartidário. Pode entrar quem quiser na prefeitura, seus sistemas vão estar intactos”, afirma. “Isso é uma segurança para a sociedade”, afirma, citando casos de prefeituras menores nas quais programas e equipamentos “sumiram” após vitória eleitoral da oposição.

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