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São Paulo (AE) – Em quatro segundos, os pavilhões 2 e 5 da antiga Casa de Detenção, no Carandiru, zona norte de São Paulo, vieram abaixo. Exatamente às 11 horas de ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) apertou o botão vermelho do detonador de 200 quilos de dinamite, provocando 1.500 explosões em série.

A operação, que custou R$ 2,5 milhões aos cofres do estado, foi necessária para dar continuidade à construção do Parque da Juventude, uma área de 90 mil metros quadrados. Depois do estrondo, uma enorme nuvem de poeira avermelhada cobriu o local – e todos que estavam lá. Políticos, secretários, jornalistas, policiais saíram correndo dos palanques à procura de abrigo.

Inaugurada em 1956, a Casa de Detenção chegou a abrigar 8.500 presos de uma só vez e se transformou no símbolo de superlotação carcerária e do desprezo aos direitos humanos. A promessa inicial do governo era entregar o parque pronto em dezembro de 2003.

O marco do fim do Carandiru foi em dezembro de 2002, com a implosão dos pavilhões 6, 8 e 9. O pavilhão 9, palco do massacre dos 111 presos no dia 2 de outubro de 1992, foi o primeiro a vir abaixo. Depois, desapareceram o 8 e o 6. Hoje começam as obras do Parque Institucional. Segundo o governador, as obras devem durar 11 meses. A retirada do entulho deve demorar 4 meses.

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