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Poucas chances de mudar |
Poucas chances de mudar| Foto:

Dezessete dos 20 atuais prefeitos das capitais brasileiras que são candidatos à reeleição têm boas chances de continuarem em seus cargos nos próximos quatro anos. Nove desses largaram com grande vantagem na corrida eleitoral de 2008 e podem vencer a eleição já no primeiro turno. Segundo pesquisas divulgadas nas últimas semanas, os mandatários de Curitiba, Maceió, Vitória, Goiânia, Campo Grande, João Pessoa, Teresina, Porto Velho e Rio Branco apresentam mais de 50% das intenções de voto do eleitorado.

Além disso, embora com uma vantagem menor, mais cinco candidatos à reeleição lideram as pesquisas em seus municípios. Esse é o caso de Wilson Santos (PSDB) em Cuiabá, de Duciomar Costa (PTB) em Belém, Edvaldo Nogueira (PCdoB) em Aracaju, José Fogaça (PMDB) em Porto Alegre e Iradilson Sampaio (PSB) em Boa Vista. Esses correm o risco de ter que disputar o cargo numa segunda votação. Também estão no grupo dos candidatos há reeleição que devem ir para o segundo turno a prefeita de Fortaleza, Luzianne Lins (PT); o prefeito de Palmas, Raul Filho; e o de Florianópolis, Dário Berger. Nas pesquisas divulgadas até agora, eles ocupam o segundo lugar na intenção de voto do eleitorado, mas com uma diferença muito pequena em relação ao primeiro colocado.

Fatores

O sociólogo e cientista político Carlos Alberto Moreira – autor do livro A Cabeça do Eleitor – explica que o fato de um prefeito ser reeleito tem relação direta com dois fatores: os índices de aprovação do candidato – seria o elemento principal – e os quatro anos que ele teve de exposição, o que lhe garante ser bem conhecido pelo eleitor. "Não existe mistério nisso. O candidato que tem mais de 50% de bom ou ótimo na avaliação de sua gestão provavelmente será reeleito. O eleitor segue uma lógica. Ele não vai votar em outro se tem um candidato que já conhece e avalia bem", diz.

A avaliação do trabalho do candidato também serve para explicar a situação contrária. "Se ele não alcança um alto índice de ótimo ou bom de avaliação do seu trabalho, não será reeleito", sentencia Moreira.

Em baixa na disputa

Em São Paulo, mesmo tendo a máquina pública por trás, Gilberto Kassab (DEM), apareceu na quarta posição da pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Ibope na semana passada. Ficou atrás até mesmo do ex-prefeito e hoje deputado federal Paulo Maluf (PP), que já esteve envolvido em uma série de escândalos na capital paulista.

Além de Kassab, os prefeitos de Manaus e Salvador também apresentaram baixos índices nas pesquisas. Na capital do Amazonas, o atual prefeito possui apenas 8% das intenções de votos. Já João Henrique Carneiro, de Salvador, ficou em terceiro lugar, com 15% das intenções de votos do eleitorado.

Moreira chama atenção para o fato de estar atrás nas pesquisas não significar que a eleição está perdida. O sociólogo garante que os prefeitos que estão atrás nas pesquisas, mas que tem um bom índice de aprovação de seus governos, devem acabar se reelegendo.

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