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Relações exteriores

Em discurso político, Bush ataca corrupção no continente

Brasília (Reuters) – Em seu último discurso antes de deixar o Brasil, o presidente norte-americano, George W. Bush, exortou os governos das Américas para que "se livrem da corrupção". Ao falar para uma platéia que tinha representantes do Congresso, onde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é investigado em três CPIs por denúncias de corrupção, Bush insistiu na importância da democracia como instrumento indispensável para se alcançar a justiça social. "Os governos deste Hemisfério têm que ser fortes, têm que ouvir os seus povos e não podem desperdiçar os seus recursos", disse Bush em palestra em um hotel em Brasília. "Os governos deste Hemisfério têm que se livrar da corrupção, todos governos deste Hemisfério têm que assumir responsabilidade. Temos que viver dentro das mesmas regras que impomos a outros", acrescentou.

O tema corrupção não havia sido mencionado nem nas declarações dos dois presidentes à imprensa nem no comunicado conjunto divulgado após o encontro na Granja do Torto. Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), um duro crítico de Lula, o fato de o assunto não ter sido citado antes foi mera cortesia. "Presumo que ele seja um homem educado e por isso não se sentiu vontade para tocar no tema da corrupção na Granja do Torto, residência do presidente Lula", disse Virgílio, que assistiu a palestra. Entre os parlamentares presentes estavam o futuro presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), o presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), e o senador petista Eduardo Suplicy (SP). "Acho importante ele ter ressaltado o anseio de se combater a corrupção e de que os líderes de todos os países não se envolvam em atos corruptos", disse Suplicy a jornalistas.

Em um ataque velado ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, seu principal crítico na região, Bush disse que existem aqueles que desejam eliminar a democracia na América Latina ao jogar com o medo e culpar os outros por seus fracassos. Segundo ele, garantir a justiça social requer a escolha entre "duas visões competitivas". Ele apelou para que o povo da região escolha a democracia, porque ela é baseada no governo representativo, na integração, na comunidade internacional "e na fé no poder transformador da liberdade nas vidas dos indivíduos".

Leia a íntegra da "Declaração Conjunta" por ocasião da visita do presidente George W. Bush ao Brasil

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