• Carregando...

O governador Orlando Pessuti (PMDB) afirmou ontem, por meio de nota oficial, que vai tomar medidas judiciais contra a revista Veja em função da reportagem publicada na edição desta semana. Segundo nota divulgada pela Agência Es­tadual de Notícias, veículo oficial de informação do governo do estado na internet, as informações sobre o vínculo de Pessuti com a As­­sembleia "não conferem com a realidade dos fatos, sendo mentirosas, difamatórias e de caráter eminentemente políticoeleitoral".

A nota afirma que Pessuti ingressou no serviço público por concurso, como funcionário da antiga Acarpa, atual Emater, em 1979. Eleito deputado estadual em 1982, afirma ter se licenciado do cargo para assumir o mandato. Desde lá, segundo ele, jamais recebeu dinheiro por seu emprego público. Mais tarde, ainda de acordo com a nota, transferiu-se da Emater para o quadro de servidores da As­­­sembleia "com base na legislação da época".

De acordo com o texto, a movimentação dentro da Assembleia, registrada em 2005, teria sido motivado pela implantação do Plano de Cargos e Salários da Assembleia Legislativa. "Pessuti foi enquadrado como consultor administrativo, simbologia NUD-01, com vencimento equivalente a R$ 2.540,15".

A nota defende ainda que o ato 274/2005, que deu origem à matéria da Veja, foi "totalmente legal". O ato, "ao contrário do que afirma a revista, não foi em hipótese alguma secreto, mas amplamente divulgado pela imprensa na época, com cópias entregues aos jornalistas que prestam serviço na mesma As­­­­sembleia", encerra o texto.

A Gazeta enviou uma série de questionamentos sobre o assunto ontem à assessoria do governador, mas até o fechamento desta edição, as respostas ainda não haviam sido enviadas.

Correligionários

Os deputados do PMDB paranaense afirmam que a denúncia apresentada pela Veja não influenciará na possível escolha de Pessuti como candidato à reeleição. "Isso não tem influência nenhuma nas decisões que serão tomadas. Essas denúncias e muitas outras, para todos os lados, virão", garantiu o presidente do partido no Paraná, deputadoWaldyr Pugliesi.

Caíto Quintana, líder do go­­­verno na Assembleia, minimizou a denúncia. Segundo ele, o caso trata apenas de um problema administrativo, que fugiria da responsabilidade de Pessuti quando este ainda era deputado.

O deputado Nereu Moura (PMDB), que ocupava a primeira secretaria da Assembleia em 2005, afirma que não houve nenhuma ilegalidade na transferência de Pessuti da Emater para a Assembleia Legislativa. Segundo ele, a possibilidade de transferência era prevista pela Constituição Estadual de 1989.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]