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Dilma entre Gleisi e Beto Richa (PSDB): presidente disse que governo não leva em conta filiação partidária | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Dilma entre Gleisi e Beto Richa (PSDB): presidente disse que governo não leva em conta filiação partidária| Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo

Obras

Dilma nega discriminar oposição e cita Richa como exemplo

A presidente Dilma Rouseff (PT) disse durante visita ao interior do Paraná que o governo não leva em conta a filiação partidária de prefeitos e governadores na construção de obras e distribuição dos benefícios dos programas federais. "Aqui no Paraná o governador é da oposição e temos o programa [Bolsa Família] sendo realizado aqui", disse, dando como exemplo a relação com o governador Beto Richa (PSDB). O tucano apresentou discurso semelhante, destacando a parceria do estado com o governo federal para construção de moradias. "Todos que temos mandatos eletivos temos que corresponder às expectativas do povo, sem picuinhas políticas e sem demagogia." Em entrevista à Gazeta do Povo no fim de setembro, Aécio Neves (MG), virtual candidato a presidente da República pelo PSDB, definiu como "asfixiante" a forma como o governo federal trata o estado na liberação de transferências.

Público

Pequeno grupo vaia ministro e governador

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), foi vaiado ontem em Campo Mourão ao ter seu nome mencionado no discurso da presidente Dilma Rousseff (PT). A vaia foi puxada por cerca de 30 carteiros, categoria que está em greve há 18 dias. Os funcionários da empresa estatal – subordinada ao ministério – reivindicam um aumento de 15%. Dilma disse compreender a posição dos trabalhadores e pediu que não vaiassem o seu ministro. Logo após a solicitação, as manifestações foram cessadas. Antes disso, o governador Beto Richa (PSDB) também foi vaiado por outro pequeno grupo ao ser anunciado. As vaias ocorreram em meios a aplausos. Durante sua fala, não ocorreram outras manifestações. Já a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT) foi ovacionada pela plateia.

A presidente Dilma Rousseff recebeu mais de um terço dos prefeitos paranaenses ontem em Campo Mourão, onde inaugurou um trecho de 18,7 quilômetros da BR-487, mais conhecida como "Estrada da Boiadeira", e entregou 179 máquinas para os municípios, entre retroescavadeiras, caminhões-caçamba e motoniveladoras, destinadas à recuperação de estradas rurais. Prefeitos de 154 cidades de pequeno porte foram contemplados com o maquinário. Cada um deles foi chamado ao palco para posar para fotos ao lado da presidente.

Ao lado de Dilma estava a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), provável candidata do PT ao governo do Paraná em 2014 e chamada pela presidente, durante o evento, de "minha mão direita e também minha mão esquerda". O governador Beto Richa (PSDB), que deve tentar a reeleição, também esteve na cerimônia. Estiveram presentes ainda os ministros Paulo Bernardo (Comunicações), César Borges (Transportes), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrá­­rio) e Helena Chagas (Comunicação Social) e o vice-presidente de Agro­­ne­­gócio do Banco do Brasil, Osmar Dias (PDT).

A entrega das máquinas faz parte do chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equi­­pamentos, que deve beneficiar 5.061 municípios do país até o ano que vem –ou seja, quase 90% do total de cidades do país. É um dos carros-chefe do relacionamento entre o governo federal e os municípios.

Estrada da Boiadeira

O asfaltamento da BR-487 – que liga a região até a divisa com o Mato Grosso do Sul – é uma antiga reivindicação do estado. A presidente inaugurou o Lote 3 da Boiadeira, que corresponde a um trecho entre Cruzeiro do Oeste e Tuneiras do Oeste. No entanto, ainda restam cerca de 100 quilômetros sem pavimentação. As obras no Lote 3 haviam começado em 2009, mas ficaram interrompidas por três anos, após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter identificado alteração indevida no contrato. Os trabalhos de pavimentação da Boiadeira já duram 27 anos. O asfaltamento foi iniciado em 1986 e, desde então, passou por várias interrupções.

No evento, Dilma também assinou ordens de serviço para a construção de trechos de duas rodovias, a BR-158 e a BR-487, que ligam o noroeste do Paraná à região central, em direção ao Porto de Paranaguá.

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