Em plenário

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Pinga-fogo

José Cruz/ABr

"Esperamos não que o ministro caia, ou seja demitido, mas que eles encontrem os caminhos para conter esse processo inflacionário e impedir que um patrimônio que foi conquista de cerca de 18 anos, que é a estabilidade econômica do nosso país, não seja destruído neste momento."

Alvaro Dias (PSDB-PR), no Senado, sobre o risco de volta da inflação.

O plenário da Assembleia Legislativa vota na segunda-feira a Proposta de Emenda Constitucional que acaba com as aposentadorias dos ex-governadores paranaenses. A ideia é retirar da Constituição Estadual o artigo que prevê o pagamento de pensões vitalícias a ex-governantes. Assim, todos os governadores que passaram pelo comando do estado após 1988 deixam de ter oficialmente o direito ao benefício, que hoje é de R$ 24,1 mil mensais. Ao mesmo tempo, tramita na Justiça uma ação da OAB contra as mesmas aposentadorias. Nesta semana, o ex-governador Roberto Requião (PMDB, foto) conseguiu na Justiça uma liminar para continuar recebendo o pagamento. Mas se a emenda for feita na Constituição, nem ele nem outros três ex-governantes terão mais direito à aposentadoria.

Não assinam

Funcionários da Assembleia estão se recusando a assinar um documento que estaria sendo solicitado pela Assembleia Legislativa. Os servidores informaram ao sindicato que estão sendo procurados para dizer oficialmente que conhecem os termos do convênio que os transfere para a Secretaria de Estado da Justiça. São funcionários que estão ociosos e que passam o dia na Assembleia apenas esperando o tempo passar, sem qualquer tarefa. Eles dizem não ter tido acesso aos termos do convênio. O sindicato afirma ainda que a Assembleia não tem o direito de dar a transferência por concluída sem que haja a publicação de um ato administrativo determinando quais servidores devem se apresentar na Secretaria de Justiça na segunda-feira. O convênio com a secretaria foi assinado na quinta-feira pelo presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB, foto).

Para pensar...

"A taxa de homicídios em São Paulo, em ocorrências por 100 mil habitantes, caiu abaixo de 10. Se a média do Brasil fosse essa, pouparíamos 32 mil vidas por ano."

José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, no Twitter.

Perdeu

O Conselho de Administração da Minas Gerais Participações S.A. (MGI) homologou ontem, em reunião extraordinária, a saída do ex-deputado federal Edmar Moreira (PR) do cargo de diretor vice-presidente da empresa estatal. Moreira, que se notabilizou por construir um castelo no interior do estado, avaliado em mais de R$ 20 milhões, apresentou no fim da tarde de quinta-feira seu pedido de renúncia do cargo, que havia assumido no último dia 4. A carta de renúncia foi apresentada dois dias depois de vir à tona sua indicação para a direção da empresa de economia mista, que tem como acionista principal o próprio governo estadual.

Não pegou

A Lei das Focinheiras completou 12 anos ontem, em Curitiba, ainda solenemente ignorada pela população. Sancionada em 1999, a lei exige que cães de raças perigosas ou grandes só saiam à rua com focinheiras, para reduzir o risco de ataques. Prevê multa de 500 Ufirs para quem descumprir e até a perda do animal em caso de duas reincidências. Alguém já viu a lei ser cumprida?

Estão ou não?

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, pediu à Procuradoria-Geral da República que informe se dois denunciados na ação penal do mensalão são investigados no inquérito que a Polícia Federal recentemente concluiu sobre o caso. Só depois da resposta do procurador-geral o ministro vai analisar o pedido dos denunciados, que pedem para ter acesso aos autos desse inquérito. No pedido ao STF, eles afirmam que notícias jornalísticas têm dado conta de que provas produzidas neste inquérito serviriam de base para o julgamento do processo do mensalão.