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A Camargo Corrêa informou à Justiça Federal no Paraná que não encontrou relatórios ou documentos que comprovem as consultorias prestadas pela empresa do ex-ministro José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria, para a empreiteira. A JD recebeu R$ 900 mil entre 2010 e 2011.

O pedido de comprovação havia sido feito em março pelos procuradores da Operação Lava Jato. A suspeita dos investigadores é que os contratos de consultoria serviram para dar aparência legal ao repasse de propina – o que Dirceu nega enfaticamente. O ex-ministro disse que prestou consultorias para a empresa em Portugal, onde a Camargo Corrêa estava interessada na compra de uma cimenteira, e na Venezuela.

O advogado Roberto Podval, que defende o ex-ministro, diz que “não tem provas porque esse tipo de consultoria não tem um trabalho físico, como um relatório, a ser apresentado”. Segundo ele, o trabalho “é um tipo de aconselhamento”. Em nota, a Camargo Corrêa disse que “está prestando os esclarecimentos necessários”.

Investigação

A PF confirmou que vai convocar Dirceu para prestar depoimento sobre os negócios de sua empresa. O delegado Igor Romário de Paula disse que o depoimento é “inevitável”.

“Eu acho que a oitiva do ex-ministro vai chegar um determinado momento em que ela é inevitável. A gente ainda não sabe quando. Vai ser provavelmente em um momento adequado do ponto de vista de provas, quando estiver (tudo) bem reunido, para evitar com que ele venha e depois tenha que ser ouvido de novo.”

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