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Lava Jato

Empresário que teria recebido propina quer ser ouvido pelos investigadores

Shinko Nakandakari protocolou uma petição no processo para se defender das acusações de executivo da Galvão Engenharia, de que teria recebido R$ 8 milhões em propina

O empresário Shinko Nakandakari, apontado pelo executivo Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, como emissário da diretoria de Serviços da Petrobras, protocolou nesta terça-feira (25) uma petição para que seja ouvido pelos investigadores da Operação Lava Jato. Nesta segunda-feira (24), os advogados de Fonseca anexaram no processo notas fiscais que comprovariam o pagamento de R$ 8,3 milhões em propina a Nakandakari.

Na petição, os advogados de Nakandakari, Pedro Luiz Bueno de Andrade e Rogério Fernando Taffarello citam reportagens veiculadas nesta quarta-feira (24) pela imprensa fazendo referência ao pagamento de propina através do empresário. "A versão unilateral apresentada por essas matérias jornalísticas decididamente não corresponde à verdade, e Shinko Nakandakari precisa ser ouvido pelas autoridades a fim de trazer os fatos de volta à realidade", diz um trecho do documento.

Os advogados pedem acesso aos depoimentos prestados por Erton Medeiros Fonseca e de todo o material que envolva o nome de Nakandakari. Além disso, afirmam que o empresário está "a inteira disposição da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal para colaborar com as investigações em tudo o que for necessário".

Entenda o caso

Os advogados que defendem o executivo Erton Medeiros Fonseca, chefe da divisão industrial da Galvão Engenharia, uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato, anexaram ao processo nessa segunda-feira (24) 19 notas fiscais de pagamentos à LFSN Consultoria Engenharia. De acordo com os advogados, o total de R$ 8,3 milhões em valores líquidos, após desconto de impostos foram repassados à consultoria sob "efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia S/A tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal".

Ainda segundo a defesa da empreiteira, o dono da consultoria, Shinko Nakandakari, se apresentou como emissário da diretoria de Serviços da Petrobras, que foi comandada por Renato Duque, também preso na sétima fase da operação. Segundo a Galvão, ao cobrar os pagamentos, Nakandakari estava junto com Pedro Barusco, então subordinado de Duque na estatal.

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