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Mesmo sem a presença, desmarcada somente na véspera, do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), o Grupo de Líderes Empresariais (Lide) promoveu nesta segunda-feira, em São Paulo, almoço-debate sobre "Ética e reforma política", com a presença de mais de 200 empresários paulistas. Além da costumeira avaliação da eficiência do governo, que caiu de 1,9 para 1,8 num índice que vai até 10, o grupo ainda baixou a nota classificada como "clima empresarial" de 5,4 para 4,6 num índice que também vai até 10, e enumerou pontos para um "Programa pela ética e contra a corrupção".

Em grupos, formados nas mesas do almoço, os empresários discutiram e elegeram os pontos para o programa, que ficou assim: 1) Cobrar ação do governo, 2) Plano mínimo de governabilidade entre os poderes, apartidário e com a participação da sociedade civil, 3) Estabelecer as reformas política, tributária e previdenciária, 4) Redução imediata do tamanho do estado, 5) Focar no desenvolvimento e no crescimento, 6) Criar mecanismos para que a população possa cobrar mais efetivamente dos seus governantes e do Poder Legislativo, 7) Punição ampla, geral e irrestrita.

Antes de listar os pontos, os empresários apontaram também mensagens com reivindicações tendo em vista a crise política. Os pontos são esses: 1) Punição e intolerância zero aos culpados, 2) Velocidade na conclusão das CPIs, 3) O presidente Lula precisa trabalhar, 4) Colocar documentos das CPIs à disposição na internet, 5) Os empresários também precisam se mobilizar, 6) Reduzir a possível intereferência do poder público (nos negócios), 7) Não perder a oportunidade de passar o país a limpo e condenar a corrupção, a impunidade e a ineficiência, 8) Preservar a confiança e o otimismo na capacidade da sociedade produzir para superar a crise.

- Era extamente isso, esses pontos, que desejávamos discutir aqui com o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti. Providenciamos até uma ambulância aqui para ele, além da proteção de uma equipe de segurança, se ele por acaso se sentisse inibido com as manifestações dos empresários. Mas a democracia é isso. É ouvir o que se quer e ouvir o que não se quer, também. Porque assim se constrói uma nação soberana, que acredita nas suas instituições e na legalidade. E que também acredita no Legislativo porque sabe que ele não pode decepcionar porque sabe que, se decepcionar, a confiança da população, que já é pequena, vai rigorosamernte ao chão - resumiu, no final, João Doria Júnior, do Comitê de Gestão do Lide.

Depois de ter confirmado presença no almoço-debate do Lide, o deputado Severino Cavalcanti comunicou ontem que havia desistido do compromisso, alegando não ter recebido autorização dos médicos responsáveis por uma cirurgia de catarata na semana. Quando comunicou, durante o almoço, a ausência do presidente da Câmara, Doria Júnior lembrou que, na semana passada, Severino foi vaiado em evento semelhante, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

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