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O Ministério da Defesa deu prazo até o dia 21 de setembro para que a empresa francesa Dassault faça uma nova proposta comercial ao Brasil para a venda dos caças Rafale, para modernização da Força Aérea Brasileira (FAB), "compatível com os parâmetros referidos pelo presidente francês Nicolas Sarcozy".

Em nota, o ministério dá o mesmo prazo para que as outras duas empresas que disputam a concorrência com a companhia a francesa – a norte-americana Boeing, com o modeloF-18, e a sueca SAAB, com o Gripen NG – façam propostas que se equiparem à que vier ser feita pela Dassault.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (11), o Ministério da Defesa diz que "decisão política do presidente da República de ampliar a sua aliança estratégica com a França" terá de passar pelas propostas das empresas. "Agora, têm que ser avaliadas as propostas. Os compromissos que o presidente Sarkozy fez terão que se transformar em ofertas da própria Dassault", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, segundo a nota. "Para que essa decisão política possa ser executada, vai depender da Dassault e também das outras, porque aí você precisa ter comparativo", disse o ministro.

No último dia 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar, ao lado do presidente francês, que as negociação para a compra de 36 aviões de combate franceses estavam avançadas.

A declaração provocou uma reação da Boeing, que passou a oferecer a transferência de tecnologia e a construção das aeronaves no Brasil – argumentos usados pelo presidente Lula para ter anunciado a preferência pelos jatos franceses. A expectativa é que a FAB conclua a análise técnica das propostas até o fim de outubro. A partir daí, as informações devem ser encaminhadas ao ministro Nelson Jobim, que as repassará ao presidente Lula.

Em Pernambuco, onde participa de uma série de inaugurações, o presidente Lula afirmou nesta sexta-feira que a decisão sobre a compra dos caças é dele. "A FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação e vai fazer. Agora, a decisão política e estratégica [sobre a compra] é do presidente da República e de ninguém mais", disse.

Lula afirmou ainda que a única proposta concreta que recebeu até agora foi da França. "É importante que os fornecedores estejam oferecendo cada vez mais possibilidades. Mas uma coisa está clara. Queremos transferência de tecnologia e queremos construir esses aviões no Brasil. O presidente Sarkozy, até agora, foi o único presidente que disse textualmente que quer transferir tecnologia e fazer o avião aqui", disse Lula. "Isso é a única coisa concreta que eu tenho. Se alguém quiser ofertar mais, que oferte. Negociação é assim", concluiu.

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