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 | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Pelo menos dois novos ministros do governo Lula, que tomaram posse nesta semana, estão envolvidos em escândalos políticos. A edição de ontem do jornal Correio Braziliense informou que o novo ministro da Integração Nacional, João Reis Santana Filho, é apontado pelo TCU como um dos responsáveis pelas irregularidades nas obras da Barragem do Rio Arraias, no Tocantins. Segundo o órgão, o projeto, incluído no PAC, foi licitado sem licença ambiental prévia, com restrição à competitividade e sobrepreço. Santana Filho teria cometido essas irregularidades quando era secretário de Infraestrutura Hídrica do ministério, cargo que ocupou antes de comandar a pasta. Outro ministro que nem bem assumiu e já foi alvo de denúncias é Wagner Rossi (foto), que substituiu Reinhold Stephanes na Agricultura. O deputado Fernando Chiarelli (PDT-SP) chamou Rossi de "bandido" por ter supostamente desviado recursos públicos quando esteve na direção do Banco do Estado de São Paulo e do Porto de Santos. O novo ministro também foi atacado por supostamente aparelhar a Conab, que presidia antes de assumir o ministério. Rossi nega as irregularidades.

Aliás...

Wagner Rossi não era o nome preferido do ex-ministro Reinhold Stephanes, que preferia ver no cargo o seu secretário executivo, Gerardo Fontelles. Mas Rossi teria sido escolhido por ser ligado ao grupo político do presidente licenciado do PMDB e presidente da Câmara, Michel Temer (SP). Nos bastidores, especula-se que Rossi foi imposto pelos peemedebistas como moeda de troca para apoiar a candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT).

Feriadão 1

Os magistrados federais, que já têm dois meses de férias por ano, estão curtindo o feriado de Páscoa desde quarta-feira. A maioria dos trabalhadores brasileiros folgará apenas a partir da sexta-feira. Para conceder o feriado de Páscoa a partir de quarta-feira para magistrados e servidores, o Judiciário baseia-se todos os anos em uma lei de 1966.

Feriadão 2

No Congresso, os parlamentares também resolveram antecipar a folga da Páscoa. Deputados e senadores não votaram em plenário qualquer projeto de relevância durante toda a semana. Entre os 513 deputados, apenas 281 registraram presença na quarta-feira, número muito baixo para o dia tradicionalmente mais cheio no legislativo. No Senado, o painel de presença chegou a registrar 43 senadores no mesmo dia, mas menos de uma dezena se revezava para discursar na tribuna. Também não houve votação.

Chefe de quadrilha

A Polícia Federal deve indiciar o ex-governador do DF José Roberto Arruda por oito crimes, além de ser apontado como cabeça de uma quadrilha que desviava recursos do governo do Distrito Federal. O indiciamento deve fazer parte do relatório que a PF começou a fechar para entregar à Justiça até a próxima quinta-feira, fim do prazo para conclusão do inquérito da Operação Caixa de Pandora, que desvendou o mensalão do DEM.

Sarney em casa

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), teve alta do Hospital Sírio-Libanês ontem de manhã. Ele estava internado desde o dia 30 de março, quando se submeteu a um procedimento cirúrgico para a retirada de lesão no lábio superior. A cirurgia durou aproximadamente duas horas e foi realizada por uma dermatologista, dois cirurgiões plásticos e um cardiologista.

Coordenação

O secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, foi convidado para coordenar o programa de governo do pré-candidato tucano à Presi­­­dência, José Serra, em vez de concorrer ao Senado. A inves­­­tida de Serra sobre Graziano é interpretada como uma tentativa do tucano de ter um projeto "verde", pois o secretário é ligado a movimentos ambientais. Além disso, impediria um racha no partido, já que Aloysio Nunes Ferreira, braço direito de Serra, também quer ser senador.

Cabeças vão rolar

Uma das primeiras cabeças que devem rolar após a posse de Orlando Pessuti (PMDB) no governo do estado é a do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Líder do governo Requião na Assembleia, Romanelli tem sido um dos principais articuladores da adesão dos peemedebistas à campanha do tucano Beto Richa, embora Pessuti seja pré-candidato. O deputado Caíto Quintana (PMDB, foto) é um dos cotados para assumir a liderança do governo no Legislativo.

Pinga-fogo

"Essa é uma noite de alegria, mas fico na dúvida se é pela posse [de Orlando Pessuti] ou pela minha saída."

Roberto Requião (PMDB), ao empossar ontem à noite Orlando Pessuti (PMDB) como governador.

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