A revelação feita pelo jornal "O Globo" de que o Prouni dá bolsas a estudantes de baixa renda em faculdades reprovadas no Provão e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), levou movimentos sociais a cobrarem providências do Ministério da Educação (MEC).
A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a organização não-governamental Educafro (Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes) pediram o remanejamento dos alunos do Prouni matriculados em cursos sempre reprovados para outros de melhor qualidade.
Para responder às críticas, o MEC convocou representantes dos movimentos para uma reunião e lembrou que a lei do Prouni impede o remanejamento imediato.
- Entendemos o Prouni como uma vitória do povo negro e pobre e vamos defendê-lo com unhas e dentes. Mas queremos os pobres e negros em faculdades de qualidade - disse o diretor-executivo da Educafro, frei David Santos.
O presidente da UNE, Gustavo Petta, pediu mais rigor do governo:
- As instituições inscritas no Prouni devem ser fiscalizadas com mais rigidez e firmeza. É preciso impedir que o crescimento do ensino privado seja baseado em instituições sem qualidade - disse Petta.
O coordenador do Movimento dos Sem-Universidade, Sergio Custódio, lembrou que o projeto de lei original do MEC foi modificado no Congresso de modo a exigir não uma, mas três reprovações no novo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) para excluir cursos do Prouni.
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