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Antes de sair de cena, Severino Cavalcanti (PP-PE) tentou uma última camaradagem: fez de tudo para assinar, como último ato na presidência da Câmara, a aposentadoria por invalidez pedida em silêncio pelo aliado José Janene (PR), apontado como gerente do "mensalão" no PP. Epitáfio 2 – O processo administrativo de Janene corre na diretoria-geral da Câmara. Aprovada a aposentadoria por invalidez, o deputado, portador de uma cardiopatia, pode se retirar sem recorrer à renúncia e escapar à cassação. Severino pressionou o quanto pôde para apressar a tramitação do pedido, mas não conseguiu. Propaganda enganosa – Não existe acordo PFL-PSDB para levar José Thomaz Nonô à presidência da Câmara. Tampouco há veto tucano ao pefelista. Apenas a constatação de que ele terá mais dificuldade do que Michel Temer (PMDB-SP) para formar maioria e se eleger.

Duas canoas – Diagnóstico feito, os tucanos cumprirão o seguinte roteiro: manifestam apoio ao PFL, preservando o sonho da aliança em 2006, e ao mesmo tempo mantêm aberto o canal com Temer. Homem do saco – Pela candidatura do correligionário Michel Temer, Renan Calheiros recorrerá até a Lula. O presidente do Senado sustentará a tese de que a eventual vitória de José Thomaz Nonô, seu adversário em Alagoas, poderia significar "o fim do governo". Moeda de troca – Para se contrapor à onda pró-Temer, Nonô tem acenado ao PMDB com a oferta de seu atual cargo, o de primeiro-vice.

Efeito Jefferson – Em reunião de líderes da ainda chamada base aliada, José Múcio (PTB-PE) declarou com todas as letras que seu partido não votará em nenhum petista para a presidência da Câmara. Dúvida cruel – Agora que retirou sua representação contra José Dirceu, Roberto Jefferson quer muito saber se Eduardo Azeredo, na condição de presidente do PSDB, pedirá a cassação do ex-ministro, apontado pelo petebista como responsável pelo mensalão.

A senha – Cássio Casseb, que até agora passara ao largo das CPIs, será convocado na esteira do depoimento feito ontem por Daniel Dantas. O banqueiro caracterizou o ex-presidente do Banco do Brasil como representante de José Dirceu em negociações do governo com fundos de pensão. Sem condições – O bate-boca entre o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) e parlamentares do PSol, iniciado à tarde na CPI dos Correios, arrastou-se até o plenário da Câmara. O tempo fechou de tal maneira no início da noite que a sessão teve de ser encerrada. Vaquinha – Líder do PT na Assembléia paulista, Renato Simões pretende rifar gravata e bermuda compradas na Daslu como forma de "testar" o sistema de caixa único da loja. As peças somam R$ 500. Outro lado – Embora ligado ao presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o funcionário de carreira de Furnas Luiz Fernando Couto nega ter sido indicado pelo deputado para ocupar a diretoria administrativa da estatal elétrica.

TIROTEIO

* O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) reformula slogan de recente propaganda governamental para comentar a resolução aprovada pela direção petista, que condena a "criminalização do partido" e o "golpismo midiático que pretende inviabilizar o mandato de Lula":

– O PT é cara-de-pau e não desiste nunca.

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