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Dilma: mensalão petista; Aécio: mensalinho de MG e Campos: precatórios | Ueslei Marcelino/Reuters; Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo e Sérgio Lima/Folhparess
Dilma: mensalão petista; Aécio: mensalinho de MG e Campos: precatórios| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters; Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo e Sérgio Lima/Folhparess

Os três principais pré-candidatos às eleições para presidente da República no ano que vem já estudam os meios de neutralizar escândalos que envolveram seus partidos ou eles próprios no passado, de forma a evitar que se transformem em alvo de ataque durante a campanha. De uma forma ou de outra, cada um carrega a sua "caveira de burro".

Candidata à reeleição da aliança PT-PMDB, a presidente Dilma Rousseff passou à margem do mensalão. Mas seu partido ficou carimbado com o escândalo que abateu a cúpula petista em 2005 e resultou na condenação à cadeia, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de antigos dirigentes da legenda.

O PT carrega ainda a suspeita de ter montado em 2006 um dossiê falso contra José Serra, então candidato ao governo de São Paulo. O dossiê não chegou a ser distribuído porque a Polícia Federal prendeu os autores da peça ainda no hotel, todos eles petistas, a 15 dias da eleição.

Cartel

Como Dilma Rousseff, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), também não esteve envolvido diretamente em casos rumorosos de seu partido. Mas o PSDB corre o risco de ser levado ao banco dos réus no ano que vem, em plena campanha, para ser julgado por um escândalo semelhante ao que atingiu o PT, o mensalão tucano. O escândalo tem como principal acusado o deputado Eduardo Azeredo (MG), ex-presidente do partido. Alguns réus são os mesmos do caso petista – entre eles o publicitário Marcos Valério.

Os tucanos carregam também o episódio do cartel do metrô de São Paulo, que percorreu sucessivos governos administrados pelo PSDB, desde Mário Covas, passando por Geraldo Alckmin e José Serra. O caso foi revelado neste ano e envolve, de novo, uma briga entre o PT e o PSDB.

CPrecatórios

Pré-candidato do PSB à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi protagonista de um dos principais lances políticos ­­­atuais, ao se unir à ex-ministra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. Ao lado dela, ele se apresenta como "o novo" na política. Mas Campos também tem sua "caveira de burro".

Em 1996, então secretário da Fazenda do governo do avô, Miguel Arraes, em Pernambuco, Campos autorizou a emissão de R$ 480 mi­­­lhões em títulos públicos, quantia muito superior aos R$ 235 milhões em dívidas decorrentes de decisões judiciais do Estado. Outros governos e prefeituras, como a de São Paulo, tendo à frente Celso Pitta, fizeram o mesmo, o que resultou no chamado escândalo dos precatórios.

O Senado fez uma Comis­­­são Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o escândalo. Campos foi chamado a depor. Depois, respondeu a processo no Supremo Tribunal Federal, que o absolveu em 2003. Limpo das acusações, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva o nomeou ministro de Ciência e Tecnologia. Ele veio a se tornar um dos principais articuladores do governo petista.

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