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A diretoria de comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná emitiu ontem nota oficial contestando a reportagem de ontem da Gazeta do Povo que informou que a Casa pagou salários a funcionários fantasmas no mês de abril.

A reportagem mostrou, com base nas informações que constavam do relatório final da comissão de sindicância aberta pela Assembleia para apurar o caso, que o taxista Eduardo José Gbur e o aposentado Carlos Eugênio Maurmann Cardoso receberam salário mais de um mês após a denúncia de que efetivamente não trabalhavam no Legislativo.

A nota da Assembleia afirma que o documento que foi anexado à sindicância era uma previsão orçamentária, que acabou não se concretizando. Ou seja, que não houve pagamento aos servidores. Segundo a diretoria de comunicação, é praxe que as fichas financeiras dos funcionários sejam dinâmicas, alternando em determinado período do mês inscrições referentes a depósitos efetivos e previsão de pagamento.

A Assembleia encaminhou ainda à Gazeta ofícios apresentados pelos bancos Itaú e HSBC, onde são depositados os salários dos servidores da Casa, negando que os vencimentos dos dois tenham sido pagos no fim de abril.

Reportagens mostrando que Gbur e Cardoso eram funcionários fantasmas da Assembleia foram publicadas nos dias 18 e 21 de março, respectivamente. Mas a direção da Assembleia optou por não suspender o pagamento dos salários de março. Segundo a Assembleia, o estatuto do servidor público determina que sanções a funcionários só podem ocorrer após haver uma sindicância e de ser dado o direito a defesa a funcionários suspeitos de irregularidades. Por isso Gbur e Cardoso receberam salário de R$ 12 mil cada um em março. Em abril, segundo a Assembleia, os dois foram exonerados.

A diretoria de comunicação do Legislativo comentou ainda a denúncia da reportagem, publicada nesta segunda-feira, de que a As­­­sembleia teria contratado três funcionários quando eles ainda eram crianças. Segundo a diretoria, foram abertas investigações para apurar cada um dos casos.

Levantamento da sindicância interna mostrou que Viviane Bastos Pequeno recebeu o primeiro salário, de R$ 1,2 mil, aos 9 anos. Erick Salles ganhou salário da Casa quando tinha 10 anos. E Aguinaldo Pereira Lima Neto, em abril de 1995, quando tinha 14 anos, recebeu R$ 1,3 mil.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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