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A Assembleia Legislativa do Paraná reconheceu nesta quinta-feira (8) que pagou salários por dois anos e cinco meses a um funcionário que tinha morrido. Dirceu Pavoni trabalhou na Assembleia em 2001 e 2002, e morreu em junho de 2003. No entanto, segundo o Diário Oficial, Pavoni foi contratado novamente em maio de 2004 e foi exonerado apenas em outubro de 2006. Pavoni estava lotado no gabinete do deputado estadual Neivo Beraldin (PDT).

De acordo com a Casa de Leis, o dinheiro foi depositado em uma conta da viúva de Pavoni, Maria Bernadete Pavoni, que é vice-prefeita de Almirante Tamandaré (cidade da região metropolitana de Curitiba).

O advogado da viúva, Luiz Gustavo de Andrade,, confirmou nesta quinta-feira que a vice-prefeita recebeu o dinheiro. Andrade disse que ela enviou um requerimento à Assembleia afirmando que vai devolver o montante recebido com correção, o que equivale a aproximadamente a R$ 23 mil. Já a Assembleia disse que não recebeu o ofício.

Na quarta-feira (7) Maria Pavoni havia pedido explicações sobre o valor dos salários que o marido recebeu depois de morrer.

Os responsáveis pela nomeação de Dirceu Pavoni em 2004 foram o então presidente da Casa, Hermas Brandão, e o deputado Nereu Moura (PMDB) – que na época era o 1º. secretário da Casa. Atualmente, Brandão é presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) e indicou dois servidores do órgão para participarem das investigações sobre as irregularidades da Casa.

O presidente do TC e o deputado Nereu Moura não foram localizados para comentar o caso.

Já Neivo Beraldin disse que não contratou Pavoni depois de morto. O deputado afirmou também que os diretores da Assembleia que fizeram a contratação devem ser responsabilizados.

Assista à reportagem em vídeo:

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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