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Investigação

Bibinho e Nassif estão presos no quartel da PM

Depois do STF rever decisão, MP-PR volta a conduzir as investigações. Polícia ainda procura por outro diretor e funcionário da Assembleia

O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na noite de quinta-feira (26), o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, o Bibinho, e o ex-diretor administrativo da casa, José Ary Nassif. Na madrugada desta sexta-feira (27), os dois foram levados ao Quartel Central da Polícia Militar (PM), onde ficarão presos.

De acordo com o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV, Bibinho foi preso em sua casa por volta das 22h30 desta quinta e levado para a sede do Gaeco. Por volta da meia noite, Nassif foi localizado e chegou à sede do grupo cobrindo o rosto. Depois de quatro horas no Gaeco, Bibinho saiu do local sem falar com a imprensa, mas chegou a parar diante das câmeras e tomar uma copo de água.

Outras duas pessoas, o ex-diretor de pessoal, Cláudio Marques da Silva, e o ex-funcionário Daor Afonso Marins de Oliveira, devem ser presos. Enquanto Silva era procurado pela polícia, Oliveira já era considerado foragido da Justiça na noite de quinta. Segundo o Ministério Público, até as 9 horas desta sexta-feira (27), os dois ainda não haviam sido localizados.

STF volta atrás

O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão que mantinha soltos os três ex-diretores e o ex-funcionário da Assembleia Legislativa do Paraná. A decisão, do ministro José Antonio Dias Toffoli, é do último dia 19, mas só foi cumprida pelas autoridades estaduais nesta quinta. Toffoli ainda autorizou o Ministério Público do Paraná (MP) e a Polícia Federal (PF) a retomar a investigação criminal sobre as irregularidades na Assembleia mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos, publicadas a partir de março.

A apuração na esfera criminal estava suspensa desde junho – por determinação de Toffoli, que atendeu ao pedido do advogado José Roberto Batochio, que defende Bibinho. Na época, o ministro anulou os efeitos da investigação e a ordem de prisão de Bibinho, Nassiff, Marques e Oliveira e determinou o trancamento do processo criminal que corria contra eles na Justiça Estadual do Paraná. O ministro acatou a tese de Batochio. O advogado argumentou que o escândalo dos Diários Secretos nada mais era que um desdobramento do chamado esquema gafanhoto, por meio do qual havia desvio de dinheiro da Assembleia.

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