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Abib Miguel foi encaminhado para a sede do Gaeco, em Curitiba | Antonio Costa / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Abib Miguel foi encaminhado para a sede do Gaeco, em Curitiba| Foto: Antonio Costa / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Relembre o escândalo dos Diários Secretos:

2010

15 de março – Série de reportagens da Gazeta do Povo e da RPC TV revela um esquema de desvio de dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa por meio da contratação de funcionários fantasmas e laranjas.

24 de abril – Operação do Ministério Público (MP) prende dez pessoas, entre elas os então diretores da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho (diretor-geral), José Ary Nassiff (diretor administrativo) e Cláudio Marques da Silva (diretor de pessoal). Bibinho é acusado de chefiar a quadrilha.

3 de maio – MP propõe a primeira ação criminal contra os ex-diretores por formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. No mesmo mês, o MP ajuiza nova ação criminal. Depois disso, os promotores propuseram mais seis ações de improbidade administrativa contra os ex-diretores e contra deputados que ocuparam a presidência e a primeira-secretaria da Assembleia.

8 de novembro – Começa o julgamento do primeiro processo criminal ajuizado contra Bibinho e os ex-diretores por causa da contratação de funcionários fantasmas e fantasmas.

18 de dezembro – Bibinho deixa a prisão, beneficiado por uma decisão do STF.

2011

29 de agosto – Advogados de Bibinho ganham na Justiça suspensão dos dois processos criminais contra Bibinho, alegando que seu cliente sofre de distúrbios psiquiátricos. Na decisão judicial, é dado prazo de 45 dias para a elaboração de um laudo oficial sobre a saúde mental de Bibinho.

11 de novembro – Perícia médica feita pelo Instituto Médico Legal (IML) mostra que Bibinho apresenta quadro depressivo, mas que tem condições de comparecer às audiências e responder às acusações de desvio de dinheiro público, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

2012

6 de março - Bibinho é preso novamente.

O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Abib Miguel, conhecido como Bibinho, foi preso novamente no final da manhã desta terça-feira (6). O entendimento do Ministério Público do Paraná (MP-PR) é de que Bibinho estaria atrapalhando o andamento do processo a que responde na Justiça e, por isso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pediu a prisão preventiva dele.

Abib Miguel foi encaminhado para a sede do Gaeco, do MP-PR, em Curitiba. A informação foi confirmada à reportagem da Gazeta do Povo pelo coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Leonir Batisti, às 13h45. A prisão preventiva foi decretada pela juíza Ângela Regina Ramina de Lucca, da 9.ª Vara Criminal de Curitiba.

A assessoria de imprensa do MP-PR informou que Bibinho foi preso quando saía de um restaurante em Curitiba. Durante a tarde, pouco antes das 16h, o ex-diretor-geral foi encaminhado à delegacia de Vigilância e Captura, para aguardar a transferência para o Centro de Triagem II, em Piraquara, onde deve passar a noite.

O advogado de Bibinho, Eurolino Reis, que não quis conversar com a reportagem pela manhã, disse durante a tarde que a prisão foi abusiva e que o ex-diretor-geral não deixou de comparecer a nenhuma audiência durante o processo. A defesa deve protocolar o pedido de habeas corpus para Abib Miguel nesta quarta-feira (7).

O Ministério Público não irá se manifestar sobre o caso.

Motivação

A defesa do ex-diretor-geral tentou impetrar novas petições para impedir a continuidade do processo, de acordo com o procurador de Justiça, alegando distúrbios mentais, mesmo após laudos que confirmaram a sanidade mental de Bibinho,

Diários Secretos

Bibinho comandou por mais de 20 anos a diretoria-geral da Assembleia Legislativa do Paraná e só deixou o cargo em março de 2010, quando a série de reportagens Diários Secretos revelou o esquema de desvio de dinheiro no Legislativo, que se utilizava de funcionários laranjas e fantasmas.

Após a publicação, o Ministério Público abriu investigação e concluiu que Bibinho era o chefe da quadrilha, que desviou cerca de R$ 200 milhões. Além dele, os promotores acusam os ex-diretores da Casa José Ary Nassiff (administrativo) e Cláudio Marques da Silva (de Pessoal) de envolvimento com a quadrilha.

Os três foram presos e depois denunciados pelos crimes de desvio de dinheiro, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Confira todas as reportagens da série Diários Secretos.

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