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Repúdio

Novo protesto "Caça-Fantasmas"

A União Paranaense dos Estudantes (Upe) e a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) marcaram uma nova manifestação contra a Assembleia Legislativa do Paraná. Na internet, as duas entidades convocam a sociedade para "participar de um ato em repúdio à corrupção" com o slogan "Os caça-fantasmas – Traga sua galera."

Os estudantes irão concentrar-se a partir das 9 horas de quarta-feira (dia 31) na Praça Santos Andrade para caminhar até a frente da Assembleia, no Centro Cívico.

Quase duas semanas após o início das denúncias da existência de diários avulsos, atos secretos, contratações de funcionários fantasmas, irregularidades em aposentadorias e um suposto esquema de enriquecimento ilícito com dinheiro público, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Nelson Justus (DEM), deve anunciar hoje o nome de todos integrantes da Comissão de Sindicância. O grupo será responsável por investigar as informações prestadas pela série de reportagens da Gazeta do Povo e da RPC TV chamada de Diários Secretos e tentar identificar os responsáveis pelas fraudes.

Na última quarta-feira, o presidente da Assembleia informou que convidaria membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Paraná e do Ministério Público Estadual (MPE) e, após estes órgãos apontarem os integrantes, ele anunciaria quem seriam os indicados da própria Casa. No dia seguinte, o presidente do TCE, Hermas Brandão, designou o diretor de Contas Estaduais, Mauro Munhoz, e também o analista de controle da unidade, Joacir Geraldo Vieira de Lima.

Já o procurador-geral do MPE, Olympio de Sá Sotto Maior, recusou o convite na sexta-feira, um dia depois do procurador Fuad Faraj divulgar carta aberta criticando a possibilidade do MPE ajudar na investigação interna da Assembleia. "Deputado Nelson Justus (...) deve ser considerado pelo Ministério Público como possível autor de ilícitos e, como tal, ele é tão suspeito pelas ilicitudes praticadas na Casa do Povo quanto o Diretor-Geral afastado (Abibi Miguel)", escreveu na carta Fuad.

Investigação

A Comissão de Sindicância foi anunciada no dia 16 de março como a principal resposta de Justus à indignação e perplexidade gerada pela divulgação de detalhes de uma suposta estrutura montada dentro da Assembleia, com o intuito de desviar dinheiro público. Uma das matérias mostrou que o então diretor-geral, Abib Miguel, emprega, por exemplo, o jardineiro e uma filha, mesmo sem eles prestarem serviços ao órgão. "Doa a quem doer, esta comissão vai apurar todas essas denúncias, uma a uma", prometeu Justus.

Apesar dos nomes de todos os integrantes da comissão serem apresentados, possivelmente, não há certeza de quando eles começam a trabalhar para investigar cada uma das irregularidades apontadas.

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