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 | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Os diários oficiais 31, 32 e 33, de abril de 2010, desmentem as versões que Assembleia Legislativa do Paraná e o presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM. foto), deram para tentar explicar algumas das irregularidades mostradas pela Gazeta do Povo e pela RPCTV na série "Diários Secretos".

A primeira reportagem mostrou o caso das agricultoras Jermina Maria Leal e Vanilda Leal, que receberam depósitos da Assembleia que somados totalizam cerca de R$ 1,6 milhão. As duas, que moram em uma casa de chão batido em Cerro Azul, região metropolitana de Curitiba, negam ter ficado com o dinheiro. Vanilda foi exonerada no diário 32, de 6 abril de 2010, do gabinete da administração. A demissão está em um ato retroativo a 1.º de março deste ano.

A data de demissão não bate com uma nota oficial da Assembleia assinada pelo então diretor-geral Abib Miguel. O documento, com data de 16 de março, informava que Jermina e Vanilda eram ocupantes de cargo em comissão. A nota de Abib Miguel desmentiu uma informação da diretoria de comunicação da Casa, que afirmou que Vanilda estava lotada no gabinete do deputado Jocelito Canto (PTB).

O diário que mostra a exoneração de Vanilda ainda coloca em xeque uma declaração do presidente Nelson Justus. Em entrevista à Gazeta do Povo e à RPCTV, Justus confirmou que em 19 de março Vanilda Leal ainda era funcionária da Casa. "[Ela] Foi nomeada na administração. Eu determinei na mesma hora a exoneração dela e a apuração por esta comissão que está apurando o fato".

Cabeleireira

O Diário Oficial 32 mostra que a assessora de Nelson Justus, a cabeleireira Tereza Ferreira Alves, foi demitida em 2 de março de 2010 do cargo que ocupava no gabinete da presidência. No dia 13 de abril, a reportagem localizou Tereza em um salão de beleza que ela tem em Curitiba. Ela confirmou que era funcionária da Assembleia, mas não soube responder que tipo de trabalho fazia na Casa. Tereza disse ainda que, em 13 de abril, estava de licença médica – declaração que contradiz o Ato da Mesa Executiva 249, assinado por Justus e impresso no Diário Oficial 32. "[Trabalho para o] Nelson Justus. Tô de licença para fazer uma cirurgia. Tão decidindo o que fazem comigo lá", disse a cabeleireira.

A Diretoria de Comunicação da As­­sembleia disse que a Casa "considera normal a publicação de atos retroativos".

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