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Após cair em contradição pela terceira vez desde o início da publicação de denúncias contra ele, o presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus (DEM), comandou normalmente a sessão de ontem, mas silenciou sobre a comprovação que ele conhecia a advogada Beatriz Grossi Maia. A Gazeta do Povo e RPC TV tiveram acesso a uma procuração que Justus assinou para ela representá-la numa ação que pedia acesso a informações sobre os servidores da As­­­sembleia.

O deputado já havia caindo em con­­­­tra­­­­dição ao dizer que mantinha apenas uma relação formal com Abib Miguel, diretor-geral afastado da Assembleia – ele é sócio de uma das filhas de Miguel na rádio Litorânea – e negar que dois ex-fun­­­­­cionários da Assembleia, presos na Operação Juçara da Polícia Federal, eram contratados pelo gabinete da presidência da Casa.

Os deputados também evitaram falar abertamente sobre o assunto. O líder do governo Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) foi o único que falou abertamente e saiu em defesa de Justus na tribuna. Romanelli avalia que a crise enfrentada pela Assembleia será uma oportunidade para "passar a limpo" o Legislativo. "Não vejo nada de ilegal nas denúncias. Se não há ilegalidade, há formação de juízo de valor sobre o tema. E quem vai julgar é o eleitor."

A aprovação do projeto que obriga a publicação dos diários oficiais na internet e a decisão de cortar os salários dos servidores que não fizerem o recadastramento são medidas consideradas decisivas para moralizar a Casa.

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