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Cláudio Marques, ex-diretor de RH | Reprodução/RPC TV
Cláudio Marques, ex-diretor de RH| Foto: Reprodução/RPC TV

O ex-diretor de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná Cláudio Marques da Silva deve deixar a prisão hoje. Ontem, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu habeas corpus em favor do ex-diretor. O caso foi julgado pela 2.ª Câmara Criminal do TJ. Ele era o último ex-diretor da Assembleia envolvido no es­­­cândalo de desvio de dinheiro da Casa que ainda estava detido.

O desembargador relator José Maurício Pinto de Almeida votou pela manutenção da prisão, mas o juiz substituto de 2.º grau Carlos Augusto Altheia de Mello e o desembargador Lídio José Rotoli de Macedo se manifestaram pela soltura de Marques da Silva. Até o fechamento desta edição, ele permanecia detido numa cela no Centro de Triagem II, em Piraquara, na Grande Curitiba.

Marques da Silva estava preso desde 24 de abril, quando foi detido em casa na Operação Ectoplasma I do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – órgão ligado ao Ministério Público do Paraná. No apartamento do ex-diretor, foram encontradas seis armas de cano longo e munição de uso restrito do Exército, além de R$ 400 mil em dinheiro.

Investigação do MP apurou que o ex-diretor de RH integrava uma quadrilha montada dentro da Assembleia e que, segundo os promotores, desviou pelo menos R$ 100 milhões dos cofres públicos. Marques da Silva foi preso e denunciado pelo MP pelos crimes de desvio de recursos públicos, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A organização criminosa, de acordo com a denúncia do MP, era chefiada pelo ex-diretor-geral da Casa Abib Miguel, o Bibinho. O esquema criminoso utilizava funcionários fantasmas e laranjas para desviar dinheiro público da Assembleia, conforme mostrou a Gazeta do Povo e a RPC TV na série de reportagens "Diários Secretos". Marques da Silva, segundo o MP, era o responsável por contratar os servidores fantasmas – possibilitando o pagamento de salários e o desvio de recursos.

Bibinho e outros envolvidos no caso, que haviam sido presos juntamente com Marques da Silva, já haviam sido soltos em junho, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, suspendeu todas as investigações na área criminal para apurar as irregularidades dentro da Assembleia e suas consequências, como os mandados de prisão.

Por ter sido preso em flagrante por porte ilegal de armas, Marques da Silva era a única pessoa envolvida nos escândalos da Assembleia que ainda estava detida.

Assista à reportagem em vídeo

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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