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Enquanto a oposição volta a pronunciar a palavra "impeachment" nas CPIs, os palacianos, convencidos de que a ameaça já passou, defendem em privado que está na hora de engrossar com os adversários de Lula. Pele de cordeiro – Caracterizado pela propaganda informal do governo como um quase-santo, o chefe-de-gabinete do presidente, Gilberto Carvalho, é um dos que têm estimulado postura mais agressiva em relação à oposição. Irmão Rocha – Na Esplanada, um dos expoentes da "linha dura" é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o primeiro a colocar o nome do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e a palavra "nazismo" na mesma frase. Ao ataque – Hoje, na primeira reunião da nova Executiva do PT, o terceiro-vice, Jilmar Tatto, vai propor que o partido represente contra Eduardo Azeredo, derrubado da presidência do PSDB por suas relações de financiamento eleitoral com Marcos Valério. Devo, não nego – Também no encontro de hoje será discutida a dívida do PT com os advogados que defendem Delúbio Soares e Sílvio Pereira. Na semana passada, o novo presidente da sigla, Ricardo Berzoini, diz que vai pagar. Mercado de papéis – Está em oferta na praça uma lista de nomes de petebistas aos quais Roberto Jefferson teria repassado os R$ 4 mi oriundos do valerioduto. A relação é falsa. Bedel – Aldo Rebelo (PC do B-SP) contribui para aumentar o corre-corre na Câmara. Nos últimos dias, o presidente da Casa resolveu descontar os salários de quem faltar às sessões em plenário. Justificativas para ausências, somente por escrito.Novo fôlego – Depois de descansar no feriado, o advogado de José Dirceu, José Luiz de Oliveira Lima, voltará ao STF. Desta vez, para impetrar mandado de segurança recorrendo da decisão da Comissão de Constituição e Justiça que mandou prosseguir o processo contra o deputado. Exemplo a seguir – Para Oliveira Lima, a persistência de Dirceu visa "mostrar sua inocência, brigar por seu direito de defesa". Radiante com a vitória de ontem no Supremo Tribunal Federal, ele diz que aprendeu com seu cliente a ser um "advogado-guerrilheiro". Efeito dominó – Com a necessidade de releitura e nova votação do relatório de Júlio Delgado (PSB-MG) sobre José Dirceu, corre risco de ser adiada a votação do parecer do deputado Benedito de Lyra (PP-AL), que será pela absolvição de Sandro Mabel (PL-GO), acusado de oferecer R$ 1 mi a uma colega para trocar de partido. Caixa-postal – A quebra do sigilo telefônico de Mabel não oferece elementos comprovadores de seu envolvimento no mensalão. Entre os personagens-chave do caso, apenas Delúbio Soares aparece. Foram dez ligações do deputado para o então tesoureiro petista, e duas no sentido oposto. Delivery – Já a quebra de sigilo do líder do PP, José Janene (PR), é mais substanciosa. Ele ligou 90 vezes para Orlando Martins, office-boy da SMP&B, 25 para a própria agência de Marcos Valério e 19 para Adriana Boato, secretária da empresa. Telefonou outras 34 vezes para Delúbio. Linha direta – O cruzamento das ligações recebidas por Janene mostra 100 chamadas da SMP&B, 27 de Orlando Martins, 20 de Adriana Boato, 5 da corretora Bônus-Banval e 2 de Delúbio.

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