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Depois dos depoimentos das testemunhas de defesa do jornalista Antonio Pimenta Neves, a estratégia dos advogados ficou clara. Eles querem atacar a imagem de Sandra Gomide e buscar atenuantes para Pimenta, que é réu confesso. A defesa quer mostrar que o jornalista já estava estressado antes do crime por excesso de trabalho e que Sandra não estava a seu lado lado quando ele mais precisou, principalmente quando uma de suas filhas teve câncer.

A jornalista Maria Luiza Gonzales, testemunha de defesa que trabalhava com ambos no 'Estado de S. Paulo', disse ao juiz que circulavam pela redação boatos de que Sandra deixara de publicar uma matéria porque recebeu um presente do entrevistado. A irmã de Pimenta, Isabel Pimenta, também arrolada como testemunha de defesa, disse ao juiz que tentou de tudo para reconciliar o casal. Mas Sandra estava irredutível.

- Eu disse a Sandra para ela ter calma, esperar um pouco que tudo ia se acertar. Mas Sandra me disse.

- Esperar? Ele tem 63 anos e aos 70 eu pretendo colocá-lo num asilo.

Isabel foi repreendida várias vezes pelo juiz Diego Ferreira Mendes por não responder às perguntas que ele fazia.

O psiquiatra Marcos Pacheco de Toledo, da Unifesp, que cuidou de Pimenta 40 dias após o crime, disse ao juiz que o crime não foi premeditado, mas facilitado pela presença de uma arma.

- Minha sensação é que houve o encontro entre a perda de controle e o porte de arma.

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