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Autoridades da segurança aérea americana atribuíram parte da responsabilidade pelo acidente com o Boeing da Gol - que deixou 154 mortos em setembro do ano passado - a uma falha de equipamento no jato Legacy - fabricado pela brasileira Embraer - que colidiu com a aeronave. É o que revela reportagem publicada no jornal "The New York Times" nesta quinta-feira.

Segundo o Comitê Nacional de Segurança de Transportes (NTSB, sigla em inglês), o sistema anticolisões do Legacy não estava funcionando corretamente e os computadores de bordo não foram capazes de notificar os pilotos desta falha.

Segundo a reportagem, o sistema de segurança em questão envolve os "transponders", sistemas de rádio automáticos que enviam sinais com a altitude e a identidade do avião. Os transponders fazem isso como resposta a pedidos contínuos do solo ou de outros aviões. Mas, segundo as autoridades americanas, o equipamento do jato estaria "funcionando apenas intermitentemente, inibindo sua capacidade de receber e enviar sinais".

Os pilotos do Legacy, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, foram indiciados pela Polícia Federal (PF), ano passado, por expor as duas aeronaves a perigo. Segundo a PF, os pilotos atuaram com negligência em parte do vôo entre São José dos Campos (SP) e Manaus.

Segundo o "New York Times", que tinha um de seus repórteres a bordo do Legacy quando houve o acidente, as conclusões do comitê americano foram divulgadas apenas na forma de sugestões e recomendações. Formalmente, as investigações militares, judiciais e policiais estão sendo feitas no Brasil. A PF e a Aeronáutica ainda não têm data certa para encerrar as investigações sobre as causas da tragédia.

O acidente, que ocorreu no dia 29 de setembro, matou todas as 154 pessoas a bordo do Boeing 737 da Gol. O Legacy fez um pouso de emergência, no norte do Mato Grosso, e os dois pilotos e cinco passageiros saíram ilesos.

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