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CARACAS - WASHINGTON - Os Estados Unidos expulsaram do país nesta sexta-feira a diplomata venezuelana Jane Figueiredo em represália pela decisão do governo do presidente Hugo Chávez de fazer o mesmo com um adido militar da Embaixada americana.

- Não gostamos de "olho por olho, dente por dente", mas foram os venezuelanos que começaram - disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McComarck.

Nessa quinta-feira, Chávez ordenou a expulsão do oficial da Marinha americana adido à Embaixada dos Estados Unidos John Correa. Ele é acusado por Chávez de espionagem.

- Decidimos declarar persona non grata, ou como dizemos aqui, expulsar do país, um oficial militar na missão dos EUA devido a espionagem. Declaramos persona non grata o capitão naval dos EUA John Correa, que deve deixar o país imediatamente - afirmou Chávez.

O presidente venezuelano advertiu que expulsará toda a missão militar americana do país caso outro incidente do gênero aconteça. Chávez disse que tem provas de participação de Correa no delito de espionagem com "um grupo de militares traidores que estão sendo submetidos a juízo". O mandatário pediu pena máxima a eles.

- Seremos inflexíveis com esses traidores! - disse.

Depois da expulsão, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, comparou Chávez ao líder nazista Adolf Hitler.

O embaixador dos Estados Unidos William Bronwfield disse não se lembrar de já ter acontecido na História das relações bilaterais entre Venezuela e Estados Unidos a expulsão de um militar americano.

As declarações foram feitas durante um pronunciamento à nação por ocasião do sétimo aniversário de governo de Chávez.

A Venezuela é o quarto maior exportador de petróleo para os Estados Unidos. Sozinhos, os EUA consumiam 24,9% do petróleo de todo o mundo em 2004, segundo os dados mais recebentes da BP Estatical Review World Energy.

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