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Dilma Rousseff e John McCain: norte-americano elogiou a postura da presidente brasileira sobre o Irã | Ricardo Moraes/Reuters
Dilma Rousseff e John McCain: norte-americano elogiou a postura da presidente brasileira sobre o Irã| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Base de Alcântara

Foguete entra na conversa com ucraniano

A presidente Dilma Rousseff recebeu, na manhã de ontem, um telefonema do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich. Nos cerca de 20 minutos de conversa, Dilma e o ucraniano falaram principalmente sobre a continuidade da parceria entre os dois países na empresa binacional ACS (Alcântara Cyclone Space).

Pelo tratado entre os dois países, assinado em outubro de 2003, no início do governo Lula, a Base Aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, passou a ser usada como centro de operações para o lançamento do foguete Cyclone-4, um lançador de satélites ucraniano.

O gasto brasileiro no projeto, inicialmente estimado em R$ 100 milhões, pode chegar a R$ 1 bilhão. O foguete ainda não está pronto, assim como o local de lançamento em Alcântara.

Yanukovich manifestou interesse em vir ao Brasil em maio. O ucraniano também cumprimentou Dilma pela posse e a convidou para visitar a Ucrânia, sem uma data definida.

Além do acordo aeroespecial, Brasil e Ucrânia tem uma relação próxima devido à imigração. O Brasil tem a terceira maior comunidade de imigrantes e descendentes ucranianos do mundo.

Folhapress

Brasileiros e argentinos vão construir usina

Em sua primeira viagem oficial ao exterior, no próximo dia 31, a presidente Dilma Rousseff pretende reforçar os laços do Brasil com a Argentina e firmar um cronograma que vai prever reuniões semestrais com Cristina Kirchner para firmar projetos de cooperação.

Ontem, em um comunicado oficial da Argentina, foi informado que os dois países decidiram avançar na construção da Hidrelétrica de Garabi, no Rio Uruguai, na fronteira do Rio Grande do Sul com a província Argentina de Corrientes. A usina terá capacidade de 2,9 mil MW. Na visita, ainda serão discutidos temas como energia nuclear; integração física; intercâmbio de experiências em habitação; aumento de voos entre os dois países; estratégia conjunta para a implementação do sistema digital de TV; e análise dos investimentos brasileiros no setor de mineração". Outro tema é o déficit comercial argentino no comércio com o Brasil.

Agência Estado

Ex-candidato a presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2008, o senador do Partido Re­­­publicano John McCain, do Ari­­­zona, se encontrou ontem com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para tentar convencer o governo brasileiro a comprar os caças norte-americanos F-18 Super Hornet para reequipar a Força Aérea nacional. McCain disse que vai atuar para que o presidente Barack Obama e o Congresso dos EUA "deixem claro" que haverá transferência de tecnologia para o governo brasileiro no caso de compra das aeronaves norte-americanas para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os Estados Unidos, com os F-18, produzidos pela Boeing, estão na disputa pela encomenda de 36 novos caças. A concorrência internacional tem valor estimado de R$ 10 bilhões. Os favoritos são os caças franceses Rafale. Também estão na disputa os aviões suecos Gripen. A principal crítica do governo brasileiro em relação aos caças americanos é em relação à transferência de tecnologia dos caças – que não estaria assegurada na proposta norte-americana.

"Há preocupação [do governo brasileiro] em relação à transferência de tecnologia. Eu pretendo voltar e fazer com que o presidente dos Estados Unidos e o Congresso deixem completamente claro que haverá transferência completa de tecnologia se o governo brasileiro decidir adquirir os nossos caças", afirmou McCain, em entrevista após o encontro com a presidente Dilma, no Palácio do Planalto. McCain estava acompanhado do senador John Barrasso (do Wyo­­ming), também do Partido Repu­­­blicano. Ainda não há data para que o Brasil anuncie qual dos modelos de caça será escolhido.

No encontro com Dilma, que durou cerca de meia hora, Dilma, McCain e Barrasso também falaram sobre as novas descobertas de petróleo na camada do pré-sal. O governo brasileiro sancionou, no fim do governo Lula, um novo mar­­­co regulatório para o setor, com a criação do regime de partilha. O modelo contraria os interesses de grandes petroleiras, pois, pelo modelo, as empresas têm que passar para a União parte do petróleo extraído.

Direitos humanos também es­­­ti­­­­veram em pauta. Perguntado se trataram da relação de proximidade entre o governo brasileiro e o Irã, McCain não deixou claro se esse tema específico foi tratado com a presidente, mas disse ter ficado "feliz, ao ouvir, em outra entrevista, que a presidente do Brasil não concorda com as políticas repressivas praticadas pelo Irã", disse McCain.

No encontro, o senador se alinhou aos interesses comerciais do Brasil na área de biocombustíveis ao se dizer contrário aos subsídios americanos à produção de álcool, e disse acreditar que a prática será derrubada em breve pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

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