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Apontado como suposto autor dos grampos ilegais contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento nega conhecer ou ter participado da realização de interceptações telefônicas na Operação Satiagraha. "Minha participação foi ínfima", declarou ele, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Integrante da equipe montada pelo delegado da PF Protógenes Queiroz, Ambrósio disse que sua função era recuperar os e-mails armazenados no computador do sócio-fundador do Grupo Opportunity Daniel Dantas, apreendido pela polícia durante a Operação Chacal. "Não sabia que era informação sigilosa, e ainda não sei. Você é que está dizendo." Seu advogado, Cleber Lopes de Oliveira presente durante toda a entrevista, argumentou: "Se ele podia ser contratado para mexer com esse material é uma questão preliminar ainda a ser discutida".

Ambrósio acrescentou que não teria capacidade técnica para grampear alguém. "Mesmo que eu tivesse trabalhado nisso, e não trabalhei, estaria totalmente defasado. Na verdade, eu sou um dinossauro." Ambrósio disse conhecer há 25 anos Idalberto de Araújo, suspeito de participar dos grampos, conforme depoimento de Paulo Maurício Fortunato Pinto, diretor afastado de Contra-Inteligência da Abin, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos Telefônicos. O ex-agente informou que recebeu R$ 9 mil, em seis pagamentos mensais de R$ 1.500, entre fevereiro e julho deste ano, por sua participação na Operação Satiagraha.

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