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Afastado da política pela Lei da Ficha Limpa e alvo de processo na Justiça decorrente da Operação Navalha, o ex-deputado distrital Pedro Passos (PMDB) terá mais dor de cabeça pela frente. Desta vez, ele é alvo de autuação por crime ambiental e pode pagar multa de até R$ 2 milhões se não conseguir comprovar a origem de um estoque de 50 metros cúbicos de madeira de lei - angico e aroeira - encontrado hoje em sua fazenda, à margem da DF-128, nos arredores de Brasília.

A madeira, que não é nativa do cerrado e deve ter sido trazida da Amazônia ou Mata Atlântica, foi localizada em meio a uma clareira por uma equipe do batalhão ambiental da Polícia Militar do DF, durante voo de inspeção na zona rural. A seguir, os policiais fizeram uma busca por terra com o auxílio de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e apreenderam as toras, que começam a ser recolhidas amanhã.

Passos considerou "absurda" e "incompreensível" a apreensão. Ele explicou que a madeira é de uso diário da fazenda, em serviços como reposição de cercas e mourões e está lá há mais de dez anos. Passos disse que, quando comprou a propriedade, em 2005, a madeira já estava lá e, por sorte, encontrou o documento de compra junto com a papelada que o antigo proprietário anexou no inventário.

Alvo da Operação Navalha, que desmantelou um esquema de desvio de dinheiro público comandado pela Construtora Gautama, Passos renunciou ao mandato em 2007 para escapar do processo de cassação por quebra de decoro. Além do ex-deputado, foram presas 46 pessoas, entre elas, o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares, o empreiteiro Zuleido Veras e o presidente do BRB, Roberto Figueiredo. Por conta das denúncias, o então ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, acabou perdendo o cargo.

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