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Nilton Servo, acusado de tentativa de homicídio e de planejar um incêndio | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Nilton Servo, acusado de tentativa de homicídio e de planejar um incêndio| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Ponta Grossa - O ex-deputado estadual Nilton Cézar Servo foi preso na madrugada de ontem em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, acusado de tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e de ser o mandante de um incêndio em uma casa de bin­­­go eletrônico – o que é ilegal. Essa casa, segundo a Polícia Militar, seria concorrente de uma rede de estabeleimentos de jogo de azar cujo dono seria o ex-deputado, que ocupou uma cadeira na Assem­­­bleia do Paraná entre 1991 e 1995.

A PM informou que a prisão de Servo ocorreu por acaso, quando um sargento que estava de folga passou em frente à casa de jogos e encontrou Fabrício Aparecido Rosa do Nascimento, de 25 anos, caído na calçada depois de pular a janela do segundo andar do prédio que estaria tentando incendiar.

Neste momento, Servo passou pelo lugar. Segundo a PM, seria para socorrer seu "funcionário". Ele teria sacado a arma que portava e atirou por três vezes contra o policial. Logo após isso, o ex-deputado foi preso em um posto de gasolina no centro de Ponta Grossa.

Servo foi levado ao Minipre­­­sídio Hildebrando de Souza, mais conhecido como "cadeião". Ele ne­­­gou as acusações e disse que apenas estava passando pelo local. "Se um cachorro passar perto de um gato morto, vão dizer que ele é culpado. Como já tive envolvimento com jogos no passado, me marcaram e foram atrás de mim. Não atirei contra ninguém. Se tivesse feito isso, teria fugido; não teria ido a um posto comprar cigarros", se defende.

Em junho de 2007, Servo foi preso sob a acusação de comandar a máfia de caça-níqueis no Brasil, juntamente com seu filho, Victor Emanuel Servo. O episódio ficou famoso porque envolveu Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na época, Servo disse que mantinha casas de jogos de azar amparado em uma liminar concedida pela Justiça. "Já tive envolvimento com o jogo no passado, agindo atra­­­­­vés de uma liminar do Tribu­­­nal [Regional Federal] da 3.ª Região. Confessei e assumi tudo, mas por causa disso me prenderam agora", diz.

Em julho de 2009, Servo novamente foi preso, acusado de co­­­mandar uma quadrilha de contrabandistas de cigarros do Paraguai.

Mesmo com as acusações que pesam contra ele, Servo pretende se lançar candidato nas próximas eleições. "Ainda não defini se vou sair para [deputado] federal ou estadual."

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