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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa se recusou a falar com a comissão externa da Câmara dos Deputados instalada para apurar irregularidades na estatal. A audiência havia sido autorizada na semana passada pelo juiz Sergio Moro, e estava prevista para o próximo dia 22, mas dependia de Paulo Roberto.

Ele foi preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal, e virou réu pela acusação do MPF (Ministério Público Federal) de ser um dos chefes de quadrilha especializada em lavar dinheiro no exterior. Segundo deputados da comissão, na manhã desta quarta-feira, advogados de Paulo Roberto informaram ao presidente da comissão, Maurício Quintela (PR-AL), que a defesa do ex-diretor foi constituída de forma "precária", apenas para cuidar da liberdade do cliente. Por isso, não tiveram tempo para prepará-lo e acompanhar uma eventual oitiva.

Durante reunião da comissão hoje, foram aprovados três requerimentos para avançar na apuração das irregularidades na estatal. A primeira, do próprio Quintella, é uma visita à Procuradoria Geral da República no Rio de Janeiro, que acompanha denúncias de pagamento de propina por funcionários da empresa holandesa SBM Offshore para garantir contratos com a Petrobras.

Também foi aprovado um requerimento que pede compartilhamento de documentos com a Holanda a respeito da SBM. Em março, a Petrobras publicou nota informando que concluiu suas investigações internas e não encontrou indícios de propina paga pela SBM.

O deputado Fernando Franceschini (SDD-PR) conseguiu aprovar um pedido à Justiça de acesso à cópia integral da operação Lava Jato. Ele deve aproveitar o próximo dia 22 para se reunir com Sergio Moro, no Paraná.

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