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Após um curto período de férias na praia, o ministro Paulo Vannuchi, de Direitos Humanos, aguarda ainda hoje um chamado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conversarem sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos. Disposto a não causar constrangimentos políticos ao presidente, de quem é amigo desde os primórdios do PT, ele vai ao encontro disposto a negociar o que for possível no texto do documento. "Vamos nos esforçar para encontrar soluções que contemplem todos os lados", disse ele. "É hora de superar dificuldades e afastar crises."

Há um capítulo, porém, no qual não pretende ceder. É o da comissão da verdade, destinada a apurar violações de direitos humanos, cometidas por agentes do Estado, nos anos da ditadura militar.

Ele pretende deixar o governo, se o capítulo for suprimido ou passar por alterações substanciais. "Se for dada uma orientação não assimilável por mim, vou dizer que, neste contexto, eu saio. Não posso ser conivente, nem me omitir", afirmou o ministro, que pegou em armas contra o regime militar e foi preso e condenado. "Não sou político de carreira, estou no governo porque fui convocado e atendi à convocação. Sou um assessor do presidente e sigo suas orientações. Se tiver que sair, tenho muitos planos para levar adiante."

Vannuchi considera viável recuar em questões como a do aborto, que afeta mais ao ministro da Saúde. Mas acha impossível negar que houve repressão política no regime militar.

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