• Carregando...

A defesa do ex-ministro Anderson Adauto, negou nesta terça-feira (14) no Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento do mensalão, que ele tenha sido o responsável por apresentar o esquema ao PTB de Roberto Jefferson, delator do escândalo. A defesa de Adauto, atualmente prefeito de Uberaba (MG), afirmou ainda que recebeu recursos do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para pagar dívida de campanha.

Segundo o advogado Roberto Gargia Pagliuso, Adauto não teve nenhum "contato" com Roberto Jefferson, delator do mensalão, nem atuou para o PTB se alinhar com o PT.

Ex-integrante do PL, Adauto foi ministro dos Transportes do governo Lula. Ele foi denunciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Atualmente no PMDB, ele recebeu R$ 950mil do valerioduto e apresentou o mensalão ao PTB, segundo a denúncia.

"A relação do PT com o PTB era contínua e estável e não houve intervenção de Adauto para isso, ele não integrava a cúpula dos partidos e não transitava entre eles", afirmou Pagliuso.

O advogado disse que se houvesse qualquer conduta irregular do prefeito, ele não seria poupado por Jefferson. "O boca enorme [Jefferson] não teria qualquer dificuldade em imputar a Adauto uma participação se o fato fosse verdadeiro. Não há relação entre Jefferson e Adauto", disse.

A defesa admitiu uma conversa entre Adauto e o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG). "Este telefonema lhe custou a condição de réu pela prática de crime de corrupção ativa", disse.

Caixa 2

Pagliuso afirmou que seu cliente recebeu dinheiro do PT para pagar seus débitos eleitorais de 2002. Ele disse que o prefeito não sabia que o recurso repassado pelos petistas teria origem ilícita. O advogado desqualificou a acusação dizendo que não foi lançada nenhuma prova contra seu cliente.

"Nenhuma testemunha acrescentou absolutamente nada contra Anderson Adauto. O decreto de falência dessa denúncia veio com as alegações finais", disse. "Para condenar é preciso a existência de prova máxima."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]