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Durante oito anos, Cassio Taniguchi esteve à frente da prefeitura de Curitiba e comandando a Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec). Viveu todas as pressões dos municípios para o aumento da integração do transporte e a solução para o problema do aterro sanitário do Caximba, que deveria ser desativado no ano passado. Taniguchi diz que administrou Curitiba pensando na RMC e por isso não brigou pela instalação de grandes indústrias automobilísticas, que receberam incentivos do governo do estado para investirem nas cidades ao lado, como São José dos Pinhais e Campo Largo.

O Eixo Metropolitano, na opinião do ex-prefeito, é a grande obra que Curitiba precisa fazer para ajudar as cidades da região metropolitana, já que a BR-476 (antiga BR-116), onde passará a nova via, corta Curitiba, ligando Fazenda Rio Grande a Colombo. Mas ele diz que mesmo com todos os esforços, as regiões metropolitanas, em geral não funcionam porque foram criadas artificialmente e sem poder financeiro para gerar uma integração de fato.

Nesses oito anos, qual foi a maior dificuldade que encontrou para a integração da região metropolitana?

Cassio Taniguchi – Essa integração, a vontade política de fazer as coisas acontecer, depende muito do governo do estado. Porque dificilmente os municípios têm condições sozinhos de promover melhorias. A questão do destino final de resíduos sólidos urbanos, por exemplo, não conseguimos desenrolar o projeto em parte por culpa do governo, que não deu apoio.

O sr defendia a instalação do novo aterro em Mandirituba, mas o projeto não foi adiante.

A Comec e IAP colocaram empecilhos e uma ONG entrou na Justiça contra a instalação e o processo está parado até hoje. O projeto era bom, com tecnologia avançada e que ajudaria muito os carrinheiros.

O sr. não concorda com a instalação de vários aterros nos municípios?

Não concordo em espalhar a poluição em todos os municípios. Certas coisas devem ser descentralizadas, mas outras não. Isso serviria para disseminar a poluição.

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