O ex-prefeito de Londrina (Norte do estado) José Joaquim Ribeiro (sem partido) teve a prisão revogada na tarde de segunda-feira e deixou a Penitenciária Estadual na noite do mesmo dia. A Justiça determinou que Ribeiro fosse solto porque ele colaborou com as investigações do Ministério Público.
Ribeiro confirmou, em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que ficou com pelo menos R$ 50 mil da propina paga por empresários no esquema de compra superfaturada de uniformes escolares para o município. Com isso, ele derrubou a tese de que seria apenas um "mensageiro" da propina de R$ 150 mil, que ele confessou ter pego em depoimento prestado no dia 3 de setembro.
No novo depoimento, o ex-prefeito voltou a admitir que pelo menos R$ 50 mil do total da propina teria sido entregue ao ex-secretário de Fazenda Lindomar Mota dos Santos. Ele também teria voltado a afirmar que os R$ 50 mil restantes foram enviados ao ex-prefeito Barbosa Neto (PDT).
Além de confirmar informações anteriores, Ribeiro teria apresentado fatos que ajudariam nas investigações da operação Antissepsia. Realizada no ano passado, a operação investigou desvios de recursos em contratos na área da saúde. A investigação resultou na prisão do então procurador municipal Fidélis Canguçu e no indiciamento de outras 22 pessoas. Segundo promotores do Gaeco, o ex-prefeito também teria trazido fatos novos sobre o caso da Centronic, que culminou na cassação do mandato de Barbosa Neto, em julho.
Ex-secretário
Os advogados do ex-secretário de Gestão Pública Marco Cito entraram ontem com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça. Mesmo com o pedido, não há previsão para que Cito deixe a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II). Assim como Joaquim Ribeiro, Cito foi preso preventimante acusado de envolvimento no esquema de superfaturamente em contratos para o fornecimento de uniformes escolares para o município.
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