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Silva é suspeito de ter recebido propina de empreiteiras na construção da usina nuclear de Angra 3. | Wilson Dias/EFE
Silva é suspeito de ter recebido propina de empreiteiras na construção da usina nuclear de Angra 3.| Foto: Wilson Dias/EFE

O almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, foi transferido nesta segunda-feira (23) para o presídio militar do 1º Distrito Naval, no Rio. Segundo a Polícia Federal, a transferência ocorreu no início da tarde. Ele estava preso no Comando da 5ª Região Militar do Exército Brasileiro, em Curitiba, desde 28 de julho passado, quando foi deflagrada a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade.

Silva é suspeito de ter recebido propina de empreiteiras na construção da usina nuclear de Angra 3. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, o caso foi desmembrado da Operação Lava Jato e transferido para a Justiça Federal do Rio de Janeiro. O processo será conduzido pelo juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que pode rever as prisões cautelares.

José Antunes Sobrinho, um dos sócios da empreiteira Engevix, que também responde por irregularidades em Angra III, continuará preso em Curitiba, pois também é réu em outro processo da Lava Jato. O executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra, que responde na mesma ação, também foi autorizado a continuar preso no Complexo Médico Penal de Pinhas, região metropolitana de Curitiba.

O pagamento de propina nas obras de Angra 3 foi denunciado por Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, que se tornou um dos delatores da Lava Jato. Segundo ele, houve “promessa” de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear. De acordo com as investigações, R$ 4,5 milhões foram repassados à Aratec Engenharia, controlada por Silva. O ex-presidente da Eletrobras atribuiu os recebimentos a serviços de tradução prestado por sua filha. O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, localizou na internet um dos textos usados para comprovação dos trabalhos.

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