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Luto

Ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra morre aos 66 anos

Sérgio Guerra presidiu o PSDB de 2007 a 2012 e foi quatro vezes deputado federal, cargo que ocupava quando faleceu | Jose Cruz/ Agência Brasil
Sérgio Guerra presidiu o PSDB de 2007 a 2012 e foi quatro vezes deputado federal, cargo que ocupava quando faleceu (Foto: Jose Cruz/ Agência Brasil)

Morreu ontem aos 66 anos, em São Paulo, o ex-presidente nacional do PSDB e deputado federal Sérgio Guerra. Ele lutava desde 2012 contra um câncer na cabeça e no pulmão e havia sido internado há cerca de 20 dias com uma pneumonia. O quadro evoluiu e ele perdeu a capacidade respiratória. Guerra deixa quatro filhos.

Pernambucano, Severino Sérgio Estelita Guerra lidou desde cedo com problemas de saúde. Diabético, perdeu um rim aos 12 anos. Aos 60, teve parte do intestino delgado removido. Em 2012, retirou dois nódulos, um na cabeça e outro no pulmão, e soube que tinha câncer.

Prestigiado no partido, presidia o Instituto Teotônio Vilela e o diretório do PSDB em Pernambuco. Foi ainda quatro vezes deputado federal. Coordenou as campanhas de Geraldo Alckmin, em 2006, e de José Serra, em 2010, à Presidência da República. De perfil conciliador, foi um dos principais artífices do acordo que levou o senador Aécio Neves (MG) a sucedê-lo no comando do PSDB.

Em 2010, defendeu publicamente que Serra e Aécio formassem uma chapa purosangue. O projeto naufragou. Neste ano, era um dos principais defensores da candidatura de Aécio à Presidência.

Num episódio controverso de sua trajetória, foi citado em 1993 durante a CPI dos Anões do Orçamento e inocentado pelo relator do caso. Em 2002, se elegeu senador. Em 2011, voltou à Câmara. De gosto refinado, era economista e pecuarista, criador de cavalos manga-larga. Colecionava gravatas importadas e gostava de ternos bem cortados. Tinha um cacoete: com frequência usava a palavra "hein" no final de suas das frases.

"Em meu nome, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo", disse o governador Eduardo Campos.

Aécio Neves disse ter perdido um de seus "mais queridos amigos". "O Brasil perde um dos seus mais extraordinários homens públicos e a oposição, um dos seus principais líderes. Sérgio Guerra tinha características muito raras nos homens públicos de hoje. Perde a política e perco eu um dos mais queridos amigos que construí ao longo de toda a minha vida", afirmou.

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