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O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator de sistematização da CPI dos Sanguessugas, trabalha juntamente com oito técnicos numa complicada planilha, espécie de teste de múltipla escolha aplicado a todos os parlamentares acusados de envolvimento no escândalo das ambulâncias.

Foram elaborados oito quesitos para medir o grau de participação no esquema. Quem se encaixar em todos ou na maioria será apontado no relatório final como comprovadamente envolvido na fraude.Com a planilha, a CPI espera abrir mão da quebra dos sigilos dos acusados, considerada pela maioria da comissão demorada e pouco eficaz para comprovar pagamentos recebidos em espécie por parlamentares.

Play – Uma das missões mais exaustivas da CPI em dias de recesso branco tem sido ouvir todos os áudios das conversas grampeadas pela Polícia Federal no início da investigação dos sanguessugas e compará-los com as transcrições.

Gogó – Heloísa Helena ganhou literalmente no grito a convocação de Luiz Antônio Vedoin. Graças à insistência da candidata do PSol à Presidência, o dono da Planam, que já depôs durante nove dias, deverá ser ouvido pela Polícia Federal em sessão secreta.

Castigo – Já José Aírton Cirilo, acusado de operar o esquema dos sanguessugas dentro do Ministério da Saúde, não deve escapar de um depoimento "como manda o figurino" na CPI, com direito a transmissão ao vivo de tevê.Carne queimada – Não é só na CPI. Também no governo já se formou a convicção de que o caso de Cirilo é grave.

Transfusão – Pichação nos muros de Brasília Teimosa, bairro do Recife transformado em símbolo do Fome Zero pelo presidente: "Lula e Humberto: chapa puro-sangue".

Road show 1 – Márcio Thomaz Bastos inicia hoje, em Porto Alegre, uma programação que o levará a vários estados para assinar a liberação de recursos do Fundo Penitenciário. Antes, o ministro da Justiça encomendou estudo para saber o que pode e o que não pode fazer nesses eventos à luz da Lei Eleitoral.

Road show 2 – O ministro pode repassar os recursos – o Fundo Penitenciário é um dos poucos passíveis de liberação durante o período eleitoral. Mas os eventos não podem caracterizar campanha nem do governo federal, nem do estadual. Difícil.

Fashion – José de Filippi Jr., tesoureiro da campanha de Lula, tem circulado em Brasília com uma pasta vermelha, para fugir do modelo preto, sinônimo de corrupção em tempos pós-mensalão.

Limão – Depois da complicada visita a Roseana Sarney (PFL), Geraldo Alckmin deve enfrentar nova saia-justa. O tucano vai ao Espírito Santo, onde o governador Paulo Hartung (PMDB), favorito à reeleição, está coligado ao PSDB, mas é lulista de carteirinha.

Contorcionismo – Apoiado por Renan Calheiros (PMDB), o candidato tucano ao governo de Alagoas, Teotônio Vilela, achou um jeito de não perder o voto lulista: enquanto faz campanha para Alckmin, seu candidato a vice, Wanderley Neto, trabalha pela reeleição do petista.

Tampão – Na falta do programa de governo, as campanhas de Lula e Alckmin estão usando os discursos dos candidatos como se fossem propostas nos sites. O PSDB chega a dividir em temas a fala do presidenciável da convenção.

TIROTEIO

* Do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), sobre seu adversário Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), que em discurso se declarou "guardião da moralidade". Um sobrinho do senador está na lista dos sanguessugas:

– ACM é um guardião que não guarda a própria casa. Ou ele vai dizer que não sabia que o sobrinho era sanguessuga?

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