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A Polícia Civil gaúcha trabalha com duas hipóteses para o assassinato do secretário de Saúde de Porto Alegre, o ex-vice prefeito Eliseu Santos (PTB). As teses de homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte) são as que não foram descartadas pelos investigadores.

Na tarde de hoje, a mulher do secretário, Denise Goulart Silva, que estava junto dele no momento da abordagem, deve prestar depoimento. A polícia também analisa cerca de 25 câmeras de segurança da região que podem ter captado a movimentação dos assassinos. A polícia também continua monitorando os hospitais na busca por um ferido a tiro que possa ter participado da ação.

Segundo as provas na cena do crime, ao ser abordado, Santos revidou, disparando sua pistola Glock.380. Como não foram encontradas outras cápsulas deflagradas, há a suspeita de que o criminoso utilizou um revólver para matar o secretário.

Na manhã de hoje, a cena do crime foi desmontada. As manchas de sangue no chão foram limpas e três carros recolhidos: o Corolla de Santos, um Corsa com marcas de tiros no para-brisa e um Focus com manchas de sangue.

A linha de investigação que apura uma possível execução vem ganhando força. Em 2009, o secretário registrou queixa por ameaça, possivelmente ligada a uma quebra de contrato entre uma empresa de segurança e a Secretaria da Saúde de Porto Alegre. Ele teria sido interceptado por um motoqueiro que o jurou de morte.

A vida política de Santos foi marcada por polêmicas. Em janeiro deste ano, a Polícia Federal anunciou uma investigação sobre existência de suposta organização criminosa que atuaria junto à administração de postos da saúde que teria desviado R$ 9 milhões dos cofres de Porto Alegre.

Em maio do ano passado, o diretor de uma empresa encarregada pela segurança de postos de saúde de Porto Alegre denunciou um suposto esquema que arrecadaria dinheiro para a campanha de Eliseu a deputado este ano. O secretário negou a prática, ordenou a abertura de uma sindicância e ameaçou processar quem utilizasse seu nome.

Eliseu também se meteu em polêmicas envolvendo religiões. Evangélico, em 2008, como prefeito interino, estabeleceu multa para quem deixasse restos de animais mortos em vias públicas, o que provocou polêmica entre religiões. Em 2007, uma rescisão de contrato entre a Secretaria da Saúde e a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) gerou a demissão de 731 funcionários do Programa de Saúde da Família.

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