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Tanque no Oeste do Paraná: Exército precisa de blindados mais modernos e de 150 mil novos fuzis (os atuais têm 40 anos) | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Tanque no Oeste do Paraná: Exército precisa de blindados mais modernos e de 150 mil novos fuzis (os atuais têm 40 anos)| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Brasília - Depois de a Marinha receber a promessa de novos submarinos e a Aeronáutica, de caças supersônicos, o Exército entrou na fila do reaparelhamento. Vai apresentar um plano de gastos de R$ 20 bilhões em dez anos. A Força, segundo militares, enfrenta problemas de falta de munição e até diminuiu o expediente como forma de economizar recursos.

O pacote de reaparelhamento, que prevê gastos de pelo menos R$ 2 bilhões por ano, será encomendado a empresas brasileiras. Mas, para vingar, o plano não poderá ser atingido pela tesoura do Ministério do Planejamento, responsável pelo contingenciamento do Orçamento da União.

A modernização do Exército passa pela troca dos 150 mil fuzis FAL, que estão com mais de 40 anos de uso, uma nova família de 400 blindados, modernização e repotencialização dos cerca de 1.500 carros de combate, compra de radares de baixo e de longo alcances, construção de 28 novos pelotões de fronteira, dentro do projeto Amazônia Protegida, e aquisição do sistema integrado de vigilância e monitoramento de fronteiras. Esse último está incluído no acordo militar com a França e custará cerca de US$ 2,7 bilhões.

A situação orçamentária do Exército é considerada "grave" pelos militares. Do orçamento aprovado para este ano, de R$ 2,4 bilhões, R$ 580 milhões estão contingenciados, trazendo complicações para as operações rotineiras.

Haiti

A tropa que substituirá os 1.300 militares que estão no Haiti, em fevereiro próximo, poderá não estar suficientemente adestrada. De acordo com o Exército, são ne­cessários R$ 90 milhões para treinar esse contingente, mas só R$ 58 milhões chegaram até agora.

Uma das consequências disso é que os militares que embarcarão para o país caribenho, como integrantes da Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), deveriam ter disparado, em exercícios militares, pelo menos 200 tiros reais, mas só conseguiram dar, até agora, 50 tiros. O motivo é a falta de munição.

Diante do constante aperto que o Exército vem enfrentando nos últimos anos, os estoques estratégicos foram sendo usados para treinamento e praticamente se esgotaram – o que é considerado "uma temeridade" pelos próprios militares. O Exército está com problemas também no seu estoque de munição pesada

Para segurar as despesas, já suspendeu o expediente nas manhãs das segundas-feiras e tardes das sextas-feiras. Novas medidas de economia ainda poderão ser anunciadas.

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