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Lázaro Ramos e Pedro Fonda em cena de "O Cobrador" | Divulgação/Festival de Cinema de Gramado
Lázaro Ramos e Pedro Fonda em cena de "O Cobrador"| Foto: Divulgação/Festival de Cinema de Gramado

Justus rejeita tese de armação política

Ao contrário do prefeito Beto Richa (PSDB), que reafirmou ontem ser vítima de uma armação política por causa das denúncias envolvendo Ezequias Moreira e sua sogra, Verônica Durau, o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), declarou que o caso é uma questão administrativa interna da Casa e não tem caráter político. A declaração foi feita durante a sessão da Assembléia, depois que o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, foi à tribuna reforçar a tese de que a denúncia fora montada por adversários políticos.

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O chefe de gabinete do prefeito Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira Rodrigues, pediu ontem exoneração do cargo, após uma semana da divulgação da denúncia de que a sogra dele, Verônica Durau, era funcionária fantasma da Assembléia Legislativa e que Ezequias a usava como "laranja" para receber os salários pagos pelo Legislativo.

Com a demissão da prefeitura, Ezequias deve voltar ao cargo de analista de processos organizacionais da Sanepar, empresa da qual ele é funcionário licenciado. Ainda na tarde de ontem, foi definido o nome do substituto. Será o advogado José Carlos Campos Hidalgo, que estava na diretoria de Governo, da Secretaria do Governo Municipal, e já havia ocupado os cargos de presidente do Banestado e chefe de gabinete da Casa Civil do governo estadual. No ano passado, Hidalgo foi coordenador-executivo no Paraná da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Ezequias disse, em nota divulgada no site da prefeitura, que tomou a decisão de pedir exoneração depois de conversar com o prefeito e em respeito à família e à história dele como homem público. Espera, com isso, contribuir com as investigações.

O afastamento com substituição imediata é a conseqüência de uma semana repleta de reuniões da cúpula do PSDB do Paraná. Caciques do partido tentaram, nesse período, convencer o prefeito a afastar o assessor. Mas tanto Ezequias quanto Richa consideravam que essa atitude seria confessar culpa pelas irregularidades denunciadas. Ontem, Ezequias foi convencido a pedir o afastamento para poupar a imagem do prefeito.

Richa havia declarado sua confiança no assessor, na quinta-feira da semana passada, em nota divulgada para a imprensa. Na quarta-feira, o prefeito disse só iria se decidir sobre a permanência do chefe de gabinete no cargo depois do fim da sindicância aberta na Assembléia para investigar as denúncias.

O presidente do PSDB no Paraná, deputado estadual Valdir Rossoni, afirmou ontem que a decisão de Ezequias de se afastar do cargo foi pessoal. "O que está acontecendo não prejudica o prefeito Beto Richa. O que há é um desejo de forças políticas opostas querendo atribuir o caso ao prefeito."

O líder do PSDB na Assembléia, deputado estadual Ademar Traiano, que primeiramente assumiu a contratação de Verônica Durau na liderança do partido na Assembléia e depois voltou atrás, afirmou que a atitude de Ezequias foi de "grandeza" e em nada compromete o prefeito. "O Ezequias não precisa temer nada. Tudo foi uma armação política." O prefeito Beto Richa não quis se manifestar sobre a saída de Ezequias da função. A reportagem entrou em contato com a residência de Verônica Durau, mas ela preferiu não falar.

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