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A facção criminosa que controla os presídios de São Paulo está usando moradores de rua da capital para distribuir panfletos para a população de São Paulo. Em troca, os mendigos recebem R$ 10 pelo serviço, além de uma garrafa de bebida alcoólica. Na mensagem, os criminosos denunciam maus-tratos nas cadeias e fazem novas ameaças de ataques à população e a alvos militares.

A nova estratégia da facção criminosa ficou evidente após a Polícia Militar prender três sem-teto, duas moças e um rapaz, no final da noite desta quinta-feira, num semáforo da rua Lund, na Liberdade, região central da capital. Os moradores de rua estavam com mais de 350 cópias do panfleto, o mesmo que já havia sido apreendido no início da semana sendo distribuído por menores em pontos de grande movimento de pessoas.

- Sem dúvida é uma nova tática da facção criminosa - afirmou o capitão do 11º Batalhão da Polícia Militar, George Henrique Alves.

Os três mendigos, que foram detidos e levados para o 1º distrito policial (DP), na Sé, para prestar esclarecimentos, foram vistos pela polícia enquanto distribuíam o material num cruzamento da região central.

Durante um patrulhamento rotineiro nas imediações, policiais desconfiaram do comportamento dos três, principalmente por causa do traje do trio.

- Chamou a atenção porque estavam muito mal vestidos. Não é normal alguém distribuir panfletos daquele jeito e principalmente naquele horário - explicou o capitão. Os três foram abordados às 23h15 de quinta-feira.

Os moradores de rua disseram para a polícia que receberam o material de dois homens, que estavam em um Fiat Palio branco.

- Na verdade, eles (moradores de rua) nem sabiam direito o que estavam fazendo. Eles faziam esse serviço por dinheiro, mesmo - completou o oficial. No 1º DP, os três mendigos disseram ainda que dormem normalmente debaixo dos viadutos próximos à região da Sé.

Na segunda-feira, a polícia já havia prendido outras três pessoas, entre elas, dois adolescentes em pontos da Vila Matilde, na zona leste da capital. Os próprios moradores da região denunciaram os menores para polícia. Foram encontrados mais de 500 panfletos com os menores, que foram liberados pela polícia no dia seguinte.

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